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Da quase falência ao topo: como a Lego evitou o colapso com apenas uma nova estratégia?

Prestar atenção nas finanças corporativas foi a estratégia que permitiu à Lego fugir da falência e retomar sua posição de liderança no mercado de brinquedos

Figuras de Lego no Museu de Lego em Billund, Dinamarca. (AFP/AFP)

Figuras de Lego no Museu de Lego em Billund, Dinamarca. (AFP/AFP)

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

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Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 09h14.

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Construir uma marca sólida e respeitada pelo mercado demanda tempo e dedicação. Mas basta um pequeno descuido financeiro para colocar tudo a perder. Se nem mesmo as organizações centenárias estão imunes, as pequenas e médias também precisam estar alertas, pois o risco pode ser ainda maior.

Foi isso o que aconteceu com a Lego. Apesar de ser a maior e mais lucrativa fabricante de brinquedos do mundo, a companhia passou por uma grave crise financeira em 2003. Por pouco, a empresa que acumula fãs de todas as idades e por todos os países quase chegou à falência total. Foi preciso adotar uma solução simples, mas assertiva, para evitar o colapso e voltar a prosperar.

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Por que a Lego quase fechou as portas?

Os brinquedos em formato de blocos de construção são marca registrada da Lego, que faz isso há décadas e com frequência é vista como referência nesse segmento. Mas, no começo dos anos 2000, a empresa tomou uma decisão arriscada. Além dos tradicionais produtos, a Lego resolveu expandir o seu portfólio e incluir videogames, roupas, parques temáticos e filmes.

Mas essa mudança trouxe prejuízos financeiros para a companhia. Com uma estrutura mais complexa, os custos de produção aumentaram e o foco no que a Lego faz de melhor – produzir blocos de construção – ficou em segundo plano.

Em 2003, a empresa registrou um prejuízo de US$ 238 milhões, chegando bem perto da falência. “Foram dias sombrios na Lego”, contou Jake McKee, executivo da Lego entre 2000 e 2006, em uma entrevista para o National Geographic.

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Como a Lego evitou o colapso

Em uma medida emergencial, Jorgen Vig Knudstorp recebeu a missão de resgatar a empresa que por décadas foi sucesso de vendas e público. Para se livrar da dívida milionária, o novo CEO olhou com cuidado para as finanças corporativas, que são a base de uma empresa e precisavam de atenção.

O empresário dinamarquês começou eliminando produtos que não eram lucrativos para a Lego. A decisão serviu para garantir que recursos e esforços estariam sendo investidos em setores que pudessem garantir retorno. Isso incluiu abandonar o portfólio de vestuário, eletrônicos e entretenimento – que foi retomado após a empresa recuperar sua relevância no mercado.

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Além disso, investiu em melhorias operacionais. Fábricas ineficientes foram fechadas e produções foram transferidas para locais mais econômicos. O objetivo era alcançar um fluxo de caixa mais saudável, reduzir custos operacionais e otimizar a gestão da cadeia de suprimentos.

A Lego também restabeleceu compromissos com a inovação e a qualidade dos produtos. Justamente por simplificar seu portfólio, a companhia conseguiu alocar recursos com mais assertividade e, assim, direcionar investimentos para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos criativos e inovadores.

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E o que isso tem a ver com Finanças Corporativas?

Dominar as finanças permitiu à Lego recuperar sua posição de liderança no mercado. Em poucos anos, a empresa presenciou uma transformação: de uma crise que caminhava para a falência, a Lego se consolidou como uma das marcas de brinquedos mais bem-sucedidas e reconhecidas do mundo.

Para especialistas, o resultado positivo da marca pode ser atribuído à boa liderança associada ao conhecimento fundamentado em finanças

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