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CVM permite que minoritários elejam conselheiro da Vale

Ordem do dia em assembleia apenas determinava a ratificação de um conselheiro na cadeira, mas CVM entendeu que vaga pode ser disputada por eleição


	Vale: mineradora não tem representante dos minoritários no conselho de administração; acionistas querem brigar por vaga de conselheiro da Valepar.
 (Pilar Olivares / Reuters)

Vale: mineradora não tem representante dos minoritários no conselho de administração; acionistas querem brigar por vaga de conselheiro da Valepar. (Pilar Olivares / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 09h50.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu o sinal verde para que os minoritários da Vale disputem uma vaga no conselho de administração da companhia na assembleia geral ordinária (AGO) marcada para o dia 25 de abril, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Em resposta a uma consulta formulada pelo fundo Geração Futuro L.Par e a VIC DTVM, acionistas que articulam a busca por um assento no colegiado, a Superintendência de Relações com Empresas da autarquia entendeu que deve haver uma nova eleição para a vaga ocupada hoje pelo conselheiro Alberto Guth, sócio-fundador da Angra Partners.

A área técnica da CVM entendeu que, embora a ordem do dia da AGO mencione apenas a ratificação de Guth, sua interpretação deve ser ampliada.

Em ofício enviado na segunda-feira, 18, ao diretor e de relações com investidores da Vale, Luciano Siani, a superintendência afirma que deverá ser dada na assembleia prévia oportunidade aos acionistas minoritários da companhia de tentar eleger, em separado, um conselheiro efetivo para o cargo.

A L.Par e a VIC indicaram o nome do advogado Marcelo Gasparino, presidente do conselho da Usiminas, para a vaga. A consulta ao órgão regulador foi encaminhada no início de abril, após a Vale se recusar a tornar pública a candidatura.

Guth assumiu como conselheiro em junho do ano passado, por indicação da Valepar, que reúne os controladores da empresa. Originalmente a vaga seria ocupada pelos minoritários, que não atingiram o quórum de 10% do capital na AGO de 2015.

A Vale alegava que o edital de convocação prevê apenas a ratificação de Guth até 2017. Como o conselho está completo, com 11 membros, a companhia não enxergava espaço para nova eleição. Hoje, a mineradora não tem representantes dos minoritários no colegiado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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