Joesley e Wesley Batista: Minoritários defendem que os irmãos sejam responsabilizados pelos prejuízos causados por eles no comando da empresa (Claudio Belli/Agência O Globo)
Reuters
Publicado em 24 de dezembro de 2017 às 11h54.
Última atualização em 24 de dezembro de 2017 às 11h56.
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negou pedido de acionistas minoritários da JBS que queriam acessar a lista de acionistas da empresa para tentar uma mobilização para afastar a família Batista do comando da empresa.
Sem acesso à lista de acionistas, o vice-presidente da Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin), Aurélio Valporto, considera ainda mais difícil angariar mais pessoas interessadas em apoiar a convocação de uma assembleia extraordinária para discutir o afastamento da família Batista do comando da JBS.
Os minoritários liderados pela Aidmin defendem ainda que os Batista sejam responsabilizados pelos prejuízos causados por eles no comando da empresa.
"Sem os 5 por cento necessários para permitir que se convoque uma assembleia extra, se mantém uma cláusula de barreira que os mantém lá", disse ele.
Valporto criticou a divulgação da decisão do colegiado da CVM, afirmando que ela foi tomada em novembro, mas tornada pública somente na sexta-feira.
Em resposta às criticas, a CVM informou que a íntegra das atas com resultados das decisões tomadas pela autarquia é divulgada ao mercado assim que finalizada. Além disso, a CVM afirmou ainda que todo cidadão pode consultar o andamento de procedimentos e solicitar mais informações à autarquia.
(Por Rodrigo Viga Gaier)