O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: dos investigados, apenas ele segue no Conselho da Petrobras, que foi renovado recentemente (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2015 às 08h48.
São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ampliou para 5 de agosto o prazo para ex-conselheiros da Petrobras e um conselheiro atual apresentarem defesa no processo sancionador no qual são acusados de induzirem investidores ao erro por terem aprovado medidas que inviabilizavam o plano de negócios da estatal.
A prorrogação consta em despacho publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.
São alvos do processo sancionador o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento e atual presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o ex-secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia e atual presidente da Eletrosul, Marcio Zimmermann.
Além deles, estão também Sérgio Quintella --que fez o pedido de prorrogação para apresentação de defesa à CVM--, Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho consultivo da Gerdau, José Maria Ferreira Rangel e Francisco Roberto de Albuquerque.
Segundo informou a CVM na ocasião da abertura do processo, em maio, o objetivo é apurar a responsabilidade dos investigados em possível indução dos investidores a erro. Ao aprovarem o Plano de Negócios 2014-18 da Petrobras, os conselheiros também teriam concordado com uma política de controle de preços de combustíveis do governo federal que inviabilizava o cumprimento das metas.
Dos investigados, apenas o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, segue no Conselho da Petrobras, que foi renovado recentemente.