Em 2012, a CVC cresceu 5% em número de passageiros embarcados, quase metade do esperado (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 15h26.
São Paulo - Após um ano e dois meses na presidência da CVC, maior operadora de turismo do país com vendas de 3,5 bilhões de reais por ano, Francisco da Rocha Campos deixará a empresa nas próximas semanas. O executivo anunciará a sua saída para funcionários e franqueados nesta quinta-feira, 7 de fevereiro. Em comunicado, ele dirá que a decisão foi tomada por questões pessoais.
Segundo EXAME apurou, o motivo da saída de Campos, que ocupou diversos cargos na empresa de cartões American Express, tem a ver com as metas que não foram cumpridas. Em 2012, a CVC cresceu 5% em número de passageiros embarcados, quase metade do esperado (desde 2009, a expansão média foi de 20% ao ano). Além disso, a esperada abertura de capital não ocorreu – a CVC chegou a contratar bancos de investimento e a fazer o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas desistiu da operação em fevereiro de 2012 alegando condições desfavoráveis do mercado financeiro. Esse era o principal plano do controlador, o fundo de private equity Carlyle – que comprou 64% da empresa por 700 milhões de reais em 2009. De lá para cá, de olho na Bovespa, o fundo reformulou a gestão da operadora de turismo e tornou o negócio mais eficiente e rentável.
Procurada, a CVC confirma a saída de Campos. Em nota, Guilherme Paulus, fundador da empresa e presidente do Conselho de Administração, afirma que “Francisco desenvolveu um plano estratégico de negócios e de crescimento para a empresa e dirigiu a implantação bem sucedida de diversas iniciativas importantes, incluindo o fortalecimento da relacionamento com a rede de franqueados, a inclusão de novos profissionais ao time gestor e o lançamento de um programa de fornecedores preferenciais”.
O nome do substituto de Campos deverá ser anunciado nas próximas semanas.