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CVC anuncia acordos para aquisição de empresas de turismo na Argentina

Empresa pagará um valor total de cerca de 20 milhões de dólares, como parte da estratégia de expansão internacional

CVC anunciou nesta quarta-feira acordos para aquisição do controle acionário de três empresas do setor de turismo na Argentina (Roberto Tamer / CVC/Divulgação)

CVC anunciou nesta quarta-feira acordos para aquisição do controle acionário de três empresas do setor de turismo na Argentina (Roberto Tamer / CVC/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 13h14.

São Paulo - A CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens anunciou nesta quarta-feira acordos para aquisição do controle acionário de três empresas do setor de turismo na Argentina, por um valor total de cerca de 20 milhões de dólares, como parte da estratégia de expansão internacional.

A empresa avalia que o momento de crise na Argentina traz oportunidades, com a redução dos custos locais, diante da desvalorização do peso argentino, enquanto as receitas devem ser mantidas, uma vez que uma parcela significativa é dolarizada, disse à Reuters o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco.

Segundo o executivo, a possibilidade de redução da demanda em meio ao cenário de crise no país também existe, mas a estimativa é que seja contida e a receita seja mantida.

A CVC fechou acordo para aquisição de 60,06 por cento da Servicios de Viajes Y Turismo Biblos e da Avantrip.com, ambas do grupo Biblos Américas, ou Bibam, por meio de sua controlada argentina CVC Turismo S.A.U., pelo valor de 5,375 milhões de dólares.

Adicionalmente, a CVC assinou um memorando de entendimentos em caráter vinculante para a aquisição de participação acionária de 60 por cento na Ola Transatlántica Turismo, por 14,040 milhões de dólares. Com sede em Rosário, a Ola tem reservas anuais confirmadas em 2017 de 285 milhões de dólares.

O grupo Bibam, um dos maiores em comércio eletrônico em volume de transações na Argentina, oferece produtos e serviços de viagem, além de programa de benefícios e fidelidade. Também atua como agência de viagens focadas no mercado de luxo, corporativo e eventos, com reservas anuais confirmadas de aproximadamente 200 milhões de dólares em 2017.

Segundo Falco, a CVC vai adotar a mesma postura no mercado argentino que usa em suas aquisições no Brasil, de consolidar as áreas de back office, aproveitando as sinergias, e deixar as demais áreas atuando de formas independentes.

"Isso é bem razoável porque a intersecção das empresas é praticamente zero", disse Falco.

A CVC disse que terá juntamente com a Ola Transalántica Turismo e a Biblos/Avantrip aproximadamente 500 milhões de dólares em reservas anuais confirmadas, estando entre os três maiores grupos de viagens do mercado argentino.

"A administração da companhia considera uma boa oportunidade de crescimento e geração de valor alinhada com a estratégia de expansão regional, a despeito da volatilidade recente da economia argentina, fato que foi contemplado nos termos das duas transações", disse a CVC, acrescentando que o fluxo de turismo entre Brasil e Argentina "por si só representa uma grande oportunidade de sinergia".

No início de agosto, a CVC informou que avaliava a internacionalização por meio de aquisições na América Latina. Naquele momento, Falco disse à Reuters que havia muitas similaridades entre os destinos buscados pelos clientes do Brasil e dos demais países da região.

"A gente está olhando (uma possibilidade de aquisição fora do Brasil) faz tempo... A gente acha que fez um movimento importante na hora certa", disse Falco.

O executivo não informou sobre planos futuros de aquisições, dizendo apenas que agora a empresa precisa consolidar as compras recentes, mas que segue de olho no mercado.

Para os analistas do BTG Pactual, o movimento de expansão para a América do Sul já era esperado e o risco de execução é maior quando comparado com as aquisições no Brasil, "mas o montante a ser investido não é relevante". A equipe tem recomendação de "compra" para os papéis da CVC.

Às 12:50, as ações da CVC subiam 1,83 por cento, a 40,03 reais, entre as maiores altas do Ibovespa, que avançava 0,46 por cento.

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