CSN: a companhia teve geração de caixa medida pelo Ebitda, ajustado de 686 milhões de reais nos três meses encerrados em dezembro (Alexandre SantAnna/Veja Rio)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2016 às 09h30.
São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de 2,37 bilhões de reais, devido a ganhos registrados pela combinação de negócios de mineração, ante resultado positivo de 67 milhões um ano antes.
O desempenho vem após a CSN concluir aliança com sócios asiáticos para criar uma nova empresa, a Congonhas Minérios, combinando a mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa e ativos de logística.
O procedimento contábil de combinação dos negócios gerou ganho de 2,9 bilhões de reais no resultado e um aumento patrimonial total para a CSN de 4,8 bilhões de reais, informou a empresa.
A CSN teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 686 milhões de reais nos três meses encerrados em dezembro, queda de 32% sobre o mesmo período de 2014.
O resultado encerrou uma temporada de balanços muito fraca para empresas de siderurgia de capital aberto do país, que foi agravada por baixas contábeis diante da deterioração da economia nacional e do excesso de aço no mercado internacional.
A Usiminas teve prejuízo de 1,6 bilhão de reais no quarto trimestre, enquanto a Gerdau encerrou o período com resultado negativo em 3,17 bilhões.
O grupo siderúrgico teve receita líquida de 3,68 bilhões de reais no período, recuo de 3,7% na comparação anual.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 642,6 milhões de reais para o quarto trimestre, com receita líquida de 3,988 bilhões.
A CSN encerrou 2015 com dívida líquida ajustada de 26,5 bilhões de reais. A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado foi de 8,2 vezes ante 4 vezes no final de 2014 e 6,6 vezes no final do terceiro trimestre.
Separadamente, a CSN informou que seus controladores indicarão para o Conselho de Administração da companhia, com mandato até Assembleia Geral Ordinária de 2017, Benjamin Steinbruch, Yoshiaki Nakano, Antonio Bernardo Vieira Maia e Léo Steinbruch.