Mina da CSN: além disso, a empresa quer reduzir em 35 por cento os custos com terceirizados, diz sindicato (Germano Lüders / EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 18h09.
Rio de Janeiro - A CSN planeja demitir cerca de 950 funcionários próprios na divisão de mineração em Congonhas, Minas Gerais, devido aos efeitos dos baixos preços do minério de ferro na receita da companhia, afirmou à Reuters nesta segunda-feira o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes, Rafael Ávila.
Além disso, a empresa quer reduzir em 35 por cento os custos com terceirizados, o que o sindicato acredita que irá se refletir em mais demissões. O Metabase não representa os terceirizados, mas calcula que haja cerca de 3 mil atualmente que trabalham para a companhia. Desde 11 de janeiro, segundo Ávila, já foram desligados da área de mineração da companhia cerca de 230 dos 950 empregados próprios que a empresa planeja demitir. Até aquela data, a empresa tinha em torno de 4.750 funcionários.
As demissões, segundo Ávila, ocorrem na mina Casa de Pedra e na companhia Namisa, controlada pela CSN. Entretanto, segundo o sindicalista, a empresa informou que não haverá corte na produção devido às demissões.
Ávila destacou que a empresa tem dito ao sindicato que os resultados têm sido pressionados pelos preços do minério de ferro. Entretanto, o diretor do Metabase frisou que a companhia pagou nos últimos anos dividendos com valores importantes aos acionistas.
"Não pode ser que com a queda do (preço do) minério queiram descontar nos trabalhadores", afirmou Ávila, à Reuters. "Achamos que isso é um absurdo, não vamos aceitar de forma alguma." Procurada, a CSN não pode ser contactada imediatamente. (Por Marta Nogueira)