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CSN faz acordo com sócios da Namisa para fusão em mineração

Segundo a CSN, a transação está sujeita a aprovações pelos conselhos de administração das partes, que devem ocorrer até 12 de dezembro


	CSN: empresa disse que os acordos com seus sócios na Namisa foram assinados na última sexta-feira
 (Divulgação)

CSN: empresa disse que os acordos com seus sócios na Namisa foram assinados na última sexta-feira (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 14h37.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta segunda-feira que fechou um acordo com os sócios da Namisa para fusão da produtora de minério de ferro com sua mina Casa de Pedra e ativos logísticos de mineração do grupo siderúrgico.

Como resultado da união dos ativos, a CSN vai criar uma nova empresa separada do grupo.

O anúncio fazia as ações da CSN terem forte alta, exibindo valorização de 3,8 por cento às 14h20.

Em breve comunicado, a CSN disse que os acordos com seus sócios na Namisa - Itochu Corporation, JFE Steel Corporation, Posco, Kobe Steel, Nisshin Steel e China Steel Corporation - foram assinados na última sexta-feira.

Procurada, a CSN não deu mais detalhes sobre o acordo.

Porém, uma fonte com conhecimento do acordo afirmou que os termos da operação ainda podem ser revistos.

Segundo a CSN, a transação está sujeita a aprovações pelos conselhos de administração das partes, que devem ocorrer até 12 de dezembro.

O acordo ocorreu após uma comitiva de executivos dos sócios asiáticos vir ao Brasil em meados deste mês para mais uma rodada de negociações com a CSN.

A CSN passou a deter 60 por cento da Namisa e os sócios asiáticos, o restante, após a venda de parcela de 40 por cento da mineradora em 2008, por cerca de 3,1 bilhões de dólares.

A companhia brasileira vinha tentando há alguns anos um acordo para a fusão dos ativos, afirmando que a operação traria ganhos de escala e de produtividade para a área.

Analistas afirmaram que a CSN pode ter sido motivada a buscar a fusão das unidades para evitar ter que pagar mais de 3 bilhões de dólares em penalidades aos sócios asiáticos por não cumprir metas de expansão da Namisa.

No ano passado, a CSN havia alertado que a parceria poderia ser dissolvida se as divergências entre os sócios não pudessem ser resolvidas.

"Apesar de não sabermos os termos econômicos do negócio, vemos a transação como negativa. No final, a CSN está entregando parte de um ativo estratégico valioso que é a mina Casa de Pedra", disse Rodolfo Angele, analista de mineração e siderurgia da JPMorgan Securities.

O Goldman Sachs e o escritório de advocacia Barbosa, Mussnich & Aragão assessoraram a CSN no acordo, enquanto Itaú BBA e o escritório Machado Meyer trabalharam com os sócios asiáticos da Namisa, afirmou outra fonte.

No primeiro semestre, a área de mineração da CSN foi responsável por 25 por cento da receita líquida da companhia.

O terminal de exportação de minério de ferro Tecar deve chegar a um ritmo de 45 milhões de toneladas anuais até o fim deste ano.

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