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CSN fará novo aumento de preços de 10% em junho

O executivo lembrou que esse aumento ocorrerá após um aumento de 10% em abril e de 10% em maio


	Benjamin Steinbruch: o executivo disse que o ajuste de maio já foi implementado para a rede de distribuição
 (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Benjamin Steinbruch: o executivo disse que o ajuste de maio já foi implementado para a rede de distribuição (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 17h21.

São Paulo - Citando uma defasagem do preço do aço no Brasil em relação ao mercado externo, o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, disse que a empresa se prepara para um novo aumento de preços, de 10%, para junho.

O executivo lembrou que esse aumento ocorrerá após um aumento de 10% em abril e de 10% em maio.

O diretor executivo Comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, disse que o aumento de preços programado para junho já prevê a recente queda dos preços no mercado chinês e lembrou que, se o olhar for para os Estados Unidos, o diferencial de preços é ainda maior.

O executivo disse que o ajuste de maio já foi implementado para a rede de distribuição e que começa a ser passado para a indústria.

Segundo ele, esse mesmo movimento será feito no aumento de junho. "Também iremos repassar esse aumento para a indústria e recuperar as margens que perdemos", disse, em teleconferência com analistas e investidores.

Martinez disse que a projeção para vendas de aço pela CSN neste ano segue em 5,6 milhões de toneladas, sendo três milhões para o mercado interno.

Dívida

O diretor executivo da CSN, responsável pela área corporativa da empresa, Paulo Rogério Caffarelli, disse que, além do alongamento das dívidas da empresa com vencimento em 2016 e 2017, a companhia está estruturando operações com funding mais atrativo.

O executivo disse ainda que o foco segue na disciplina financeira e preservação de liquidez da companhia, bem como na recuperação da geração de caixa e também na implantação das ações visando desalavancagem.

O indicador de alavancagem da CSN saltou para 8,7 vezes no primeiro trimestre deste ano, ante 4,8 vezes observado no mesmo intervalo do ano passado e de 8,2 vezes no último trimestre do ano passado.

A dívida líquida ajustada da CSN ao fim do primeiro trimestre deste ano foi a R$ 26,654 bilhões, crescimento de 33% na relação anual e alta de 1% ante o intervalo imediatamente anterior.

Com elevado endividamento, as despesas financeiras, sem considerar a variação cambial, da CSN no primeiro trimestre do ano somaram R$ 1,219 bilhão, o que representou um aumento de 181% em relação às despesas registradas no mesmo período do ano passado.

Na comparação com o último trimestre de 2015, as despesas cresceram 129,6%.

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