CSN: MP do Rio acusou a siderúrgica de fazer publicidade enganosa e de omitir fatos relevantes do mercado e dos órgãos reguladores. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2016 às 19h40.
Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta terça-feira, 22, que não foi notificada da abertura de inquérito civil do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e, portanto, não comentará "fatos específicos".
Em nota, a empresa criticou a ação do MPRJ, alegando que torna públicas todas as informações exigidas pelos órgãos reguladores e que o inquérito pode causar oscilações nos papéis em bolsa.
Mais cedo, o MPRJ anunciou que instaurou um inquérito civil contra a companhia, numa investigação motivada pela veiculação de publicidade supostamente enganosa, no entendimento dos procuradores.
Além disso, o MPRJ alegou que a investigação tem como objetivo esclarecer se a CSN omitiu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fatos ocorridos ou relacionados aos seus negócios.
Ainda conforme a representação do MPRJ, o portal da CSN ainda omitiria fatos relevantes que supostamente poderiam induzir investidores ao erro.
Embora tenha informado que não comentaria o caso específico, a CSN afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "a notícia causa surpresa, uma vez que a companhia torna públicas todas as informações exigidas pelos órgãos reguladores, além de usar os canais competentes e respeitar os prazos legais para essas divulgações".
"Investidores, órgãos reguladores e demais interessados no mercado de capitais têm familiaridade com essas divulgações e com os canais em que são publicadas.O representante do Ministério Público Estadual provavelmente não soube procurar as informações adequadamente. Dessa forma, o referido inquérito civil pode acabar por causar oscilações no mercado, prejudicando, justamente, os acionistas minoritários", diz a nota enviada pela CSN ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.