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Cruzeiro do Sul pagará compra do Prosper em dinheiro

A compra de 88,7% do capital do Prosper sairá por R$ 55 milhões

O negócio vem à tona enquanto padrões de transparência e lucros menores minam a confiança dos bancos brasileiros de médio porte (Marcelo Calenda/EXAME.com)

O negócio vem à tona enquanto padrões de transparência e lucros menores minam a confiança dos bancos brasileiros de médio porte (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 18h11.

São Paulo - O Cruzeiro do Sul pagará em dinheiro a compra do Banco Prosper e o aumento de capital da instituição, descartando qualquer oferta de título ou dívida.

Na segunda-feira, o Cruzeiro do Sul anunciou a compra de 88,7 por cento do capital do Prosper por 55 milhões de reais.

O presidente-executivo do Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Indio da Costa, disse nesta terça-feira em teleconferência que o capital do Prosper será aumentado em ao menos 100 milhões de reais.

Indio da Costa, membro da família que controla o Cruzeiro do Sul, disse que o capital adicional vai ajudar o banco sediado no Rio de Janeiro a atender às exigências regulatórias de níveis de solvência. O negócio não incluiu a corretora da Prosper, ressaltou o banqueiro.

A aquisição, que precisa da aprovação do Banco Central, enquadra-se na "estratégia de nosso banco, que é crescer no mercado de financiamento ao consumidor e a empresas de médio porte", disse Indio da Costa. "Vemos muitas sinergias", disse ele.

O negócio vem à tona enquanto padrões de transparência e lucros menores minam a confiança dos bancos brasileiros de médio porte. Instituições financeiras de médio porte, que sofreram com altos custos de captação e maior inadimplência nos empréstimos neste ano, também estão sendo questionadas sobre a sustentabilidade dos modelos de negócio.

Financeiras de médio porte foram profundamente prejudicadas pelas medidas do BC no final de 2010 e início de 2011 para diminuir a concessão de créditos nos segmentos automotivo, consignado e ao consumidor.

Na semana passada, o BC decidiu diminuir essa dificuldade de financiamento para o segmento com uma série de medidas que incentivam os maiores financiadores a comprar carteiras de empréstimos de bancos menores.

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