Funcionário na plataforma da OGX: o foco principal é tirar a OGX da UTI (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 15h35.
Rio de Janeiro - A dívida total do grupo EBX estaria hoje em torno de R$ 25 bilhões, sendo quase R$ 20 bilhões concentrados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaú e Bradesco. O BTG - também credor de Eike e que iniciou a reestruturação do grupo - já não participa mais do processo, que passou à coordenação integral da gestora de recursos Angra Partners. Uma das marcas do Angra é assumir também a gestão operacional das companhias que reestrutura.
Várias frentes estão sendo tocadas simultaneamente e a intenção é de que a fase mais aguda da crise esteja equacionada entre três e seis meses, embora a conclusão do processo se estenda por um período mais longo. Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o contrato firmado por Eike com o Angra tem vigência de um ano.
O foco principal é tirar a OGX da UTI. A proposta é transformar em capital acionário o passivo de US$ 3,6 bilhões que a petroleira tem em títulos vendidos no exterior (bonds). Segundo fonte que acompanha as negociações, os detentores de bonds já estariam convencidos dessa necessidade.
Com os títulos sendo negociados a 18% de seu valor de face, a única solução seria convertê-los em ações, o que faria a posição de Eike imediatamente cair para algo entre 2% e 5% do capital. Essa calibragem, no entanto, não tiraria a OGX da situação dramática em que se encontra e os investidores resistem muito a injetar dinheiro novo na companhia.