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Crise no luxo

O luxo está fora de moda. Ao menos é isso que os balanços das empresas deste segmento estão provando. Nesta sexta-feira, uma das 10 maiores marcas de roupas de luxo no mundo, a Prada, divulga seus resultados. Em 2015 a companhia teve seu pior lucro dos últimos cinco anos, 330,9 milhões de euros (cerca de […]

DESFILE DE MODA: marcas de luxo têm sofrido com demanda fraca sobretudo na China, seu principal mercado / Frazer Harrison/Getty Images

DESFILE DE MODA: marcas de luxo têm sofrido com demanda fraca sobretudo na China, seu principal mercado / Frazer Harrison/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2016 às 21h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h58.

O luxo está fora de moda. Ao menos é isso que os balanços das empresas deste segmento estão provando. Nesta sexta-feira, uma das 10 maiores marcas de roupas de luxo no mundo, a Prada, divulga seus resultados.

Em 2015 a companhia teve seu pior lucro dos últimos cinco anos, 330,9 milhões de euros (cerca de 1,2 bilhão de reais). As concorrentes não estão em situação muito melhor. No último ano, o mercado de luxo faturou cerca de 250 bilhões de euros, um crescimento de apenas 1% em comparação com 2014. Até 2020, a consultoria Bain & Company estima que este mercado deve continuar crescendo de 2% a 3% ao ano. Em 2013, o mercado cresceu 7%.

A Prada e suas concorrentes vêm sofrendo do mesmo mal. As vendas na Ásia, seu principal mercado, vêm caindo sobretudo com a desaceleração da economia chinesa. Os atentados terroristas na Europa também diminuíram o número de turistas dispostos a pagar 1.400 euros por uma bolsa. Além disso, vender produtos para os millennials, geração que tem entre 18 e 34 anos, tem se mostrado cada vez mais desafiador. A geração é mais cética quanto ao valor dos produtos vendidos por essas marcas, apontam especialistas, e prefere gastar com experiências.

Para tentar se reinventar, algumas companhias estão trocando seus presidentes. Em maio, a italiana Versace surpreendeu o mercado ao anunciar a substituição de Gian Giacomo Ferraris, que se tornou presidente da companhia em 2009 e a ajudou a passar por um de seus piores períodos. Em julho foi a vez de a britânica Burberry mudar seu executivo depois de ver suas ações caírem para o menor patamar em quase quatro anos.

Na Padra, investidores têm questionado a capacidade de seu presidente, Patrizio Bertelli, de 70 anos, de reinventar a marca. Este ano, as ações da companhia acumulam perdas de 44%. A permanência de Bertelli pode ser decidida nos números desta sexta.

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