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Crise na Boeing: problemas já afetam cronograma de voos e causam pausa em contratações

Acidente com modelo Max, em janeiro, aumentou a frustração com companhias do setor

Boeing: fachada da sede da empresa em Arlington, na Virginia (Samuel Corum/Getty Images)

Boeing: fachada da sede da empresa em Arlington, na Virginia (Samuel Corum/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 13 de março de 2024 às 06h27.

A mais recente crise com os modelos 737 Max da Boeing está forçando alguns de seus maiores clientes a repensar seus planos de crescimento para este ano - e possivelmente para além dele. As informações são da CNBC.

A Southwest Airlines, por exemplo, que só voa com Boeing 737, reduziu sua previsão de capacidade operacional para 2024 e disse que estava reavaliando sua orientação financeira para o ano, citando menos entregas da Boeing do que o esperado anteriormente para este ano: 46 aviões 737 Max, contra 79.

"A Boeing precisa se tornar uma empresa melhor", disse Bob Jordan, CEO da Southwest Airlines, em uma conferência do setor no JPMorgan na terça-feira.

A Alaska Airlines disse na terça-feira que suas estimativas de capacidade para 2024 estão "mudando devido à incerteza em torno do cronograma de entregas de aeronaves como resultado do aumento do escrutínio da Administração Federal de Aviação e do Departamento de Justiça sobre a Boeing e suas operações".

Scott Kirby, CEO da United Airlines, disse no mesmo evento de aviação do JPMorgan, que a companhia pediu à Boeing para parar de fabricar seus aviões Max 10, uma aeronave que ainda não foi certificada pela FAA [encarregada dos assuntos relacionados às diversas áreas que afetam a aviação, tanto civil como militar] , e produzir mais Max 9s, que já estão operando.

"É impossível dizer quando o Max 10 será certificado", disse Kirby. Em janeiro, o executivo disse que a companhia aérea criaria um plano de frota sem o Max 10 por causa dos atrasos.

Na sexta-feira, a United disse aos funcionários que teria que pausar a contratação de pilotos pelos próximos meses porque as novas aeronaves estão chegando com atraso.

A frustração das companhias aéreas com a Boeing vem aumentando nos últimos meses, principalmente depois do episódio em que um modelo Max 9 da Alaska Airlines ficou sem uma porta em pleno voo. O episódio aconteceu em janeiro/

Uma investigação preliminar do National Transportation Safety Board afirmou que os parafusos do painel da porta não pareciam estar presos adequadamente quando os aviões deixaram a fábrica da empresa no estado de Washington.

A FAA suspendeu os aumentos de produção planejados pela Boeing e disse que uma auditoria recente "identificou problemas de não conformidade no controle do processo de fabricação da Boeing, no manuseio e armazenamento de peças e no controle de produtos". O CEO da Boeing, Dave Calhoun, prometeu acabar com os problemas de controle de qualidade e afirmou que a empresa tem feito reuniões frequentes com os funcionários para discutir os problemas das operações de produção.

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