Negócios

Crise leva TAM a fechar museu de aviação em São Carlos

Segundo a companhia, houve "a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano"


	Museu TAM: segundo a companhia, houve "a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano"
 (Divulgação/TAM)

Museu TAM: segundo a companhia, houve "a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano" (Divulgação/TAM)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 10h23.

São Paulo - A TAM anunciou na segunda-feira, 1º de fevereiro, o fechamento do museu que mantém em São Carlos (SP). O motivo é a crise econômica, principalmente no setor aeroviário, que dificulta manter o local, que conta com 90 aeronaves.

Segundo a companhia, houve "a necessidade de um estudo interno de viabilidade econômica do museu, que deverá ocorrer ao longo deste ano".

Oficialmente, as atividades estão "suspensas temporariamente", devendo ainda ser analisada a situação. Com mais de 20 mil metros quadrados de área, o empreendimento foi criado há quase dez anos e é considerado o maior museu de aviação do mundo mantido por uma companhia aérea privada.

Ele surgiu a partir da restauração de um antigo monomotor Cessna dos irmãos Rolim, fundador da TAM, e João Amaro.

Entre o acervo do museu, que fica localizado na Rodovia Engenheiro Talles de Lorena Peixoto, constam aviões clássicos, jatos e caças, a maioria em plenas condições de voo. Destaque para o Fokker 100, o MiG -21 e o Dassault Mirage III, entre outros.

Também há simuladores de voo e mais atrações, incluindo um espaço para crianças. Os visitantes pagavam R$ 25 para visitar o museu, que foi aberto pela primeira vez em novembro de 2006. Depois foi fechado em 2008 e reinaugurado de forma oficial em junho de 2010.

O custo de manutenção mensal estaria em torno de R$ 300 mil e antes já havia sido cogitada a possibilidade de mudar o museu para São Paulo. Seria também uma forma de ampliar o número de visitantes, que era considerado baixo (mais de 100 mil pessoas no ano de 2014). Porém, a mudança não vingou e continua apenas no projeto.

A suspensão das atividades, que começou a valer no último final de semana, pegou turistas de surpresa e não faltaram comentários na internet. Uma mulher reclamou que foi com a família e se deparou com o local fechado. "Minhas filhas ficaram chorando", afirmou. Outros lamentaram a falta de informações sobre quando o museu será reaberto.

Desaceleração

A empresa informou em nota que "a decisão está atrelada ao acirramento dos desafios econômicos do País, provocado pelo aumento da inflação e pela alta do dólar em relação ao real, resultando em uma desaceleração do setor aéreo".

Argumenta ainda que "tentou de todas as formas buscar alternativas para manter o espaço em funcionamento, mas infelizmente, diante de um cenário econômico desafiador, não foi possível". 

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasCrise econômicaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasServiçosSetor de transporteTAM

Mais de Negócios

21 franquias baratas que custam menos que um carro popular usado

Startup quer trazer internet mais rápida e barata para empresas

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980