Fábrica da Votorantim: em janeiro, a Votorantim suspendeu as operações de níquel das unidades de Niquelândia (GO) e São Miguel Paulista (SP) (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 11h40.
São Paulo - A queda dos preços internacionais do minério ferro e a menor demanda por parte da China afetaram grandes siderúrgicas e mineradoras em todo mundo.
No Brasil, o cenário foi agravado pela crise econômica e atingiu em cheio grandes companhias, como Vale, Usiminas, CSN, Gerdau e a divisão de mineração e siderurgia do grupo Votorantim.
Em janeiro, a Votorantim suspendeu as operações de níquel das unidades de Niquelândia (GO) e São Miguel Paulista (SP).
A decisão foi motivada pela queda os atuais preços internacionais do metal. Só em 2015, a queda do metal foi de 40%.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o grupo Votorantim afirmou que a maior exposição da companhia nessa área é em zinco. A empresa produz o metal no Brasil e Peru, com "operações muito competitivas em custo e escala."
Em outubro, a Votorantim Siderurgia anunciou a paralisação das operações da área de aciaria de usina de Barra Mansa (RJ), diante da menor demanda, seguindo o movimento de outras grandes siderúrgicas, que também desligaram seus altos-fornos, caso da Usiminas e da CSN.
De acordo com fontes, o grupo Votorantim perdeu a oportunidade de vender os negócios de metais e siderurgia no passado recente. "Mesmo se quisessem fazer isso agora, não conseguiram com o cenário atual."
Cimento
Na divisão de cimento, duas unidades de São Paulo tiveram paradas temporárias. O grande desafio do grupo nessa área é retomar o crescimento.
Em 2014, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou as principais empresas do setor por supostas práticas anticoncorrenciais.
A Votorantim, multada em R$ 1,5 bilhão, obteve, em 2015, uma liminar que suspendeu os efeitos dessa sentença.