Pão de Açúcar: segmento alimentar do grupo teve vendas líquidas de R$ 8,9 bilhões no segundo trimestre (Divulgação/Pão de Açúcar)
Luísa Melo
Publicado em 30 de julho de 2015 às 09h59.
São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar pretende aproveitar o cenário econômico turbulento para acelerar a expansão das lojas do formato Minuto, voltado a compras rápidas para o público AB.
É que com o mercado imobiliário desaquecido, a empresa tem conseguido melhores preços para alugar pontos de venda em regiões nobres.
"É o lado bom da crise. Encontramos terrenos melhores a custos menores", disse Ronaldo Iabrudi, diretor-presidente da empresa, em conferência com analistas para a divulgação de resultados nesta quarta-feira.
O GPA também está renegociando contratos já firmados e conseguiu uma redução de cerca de 15% nos valores dos aluguéis de metade dos estabelecimentos Minuto e Extra Minimercado, de acordo com Renato Giarola, diretor de proximidade do grupo.
Nos últimos três meses, o grupo abriu sete lojas da bandeira Pão de Açúcar Minuto (elas são 30, no total) e 24 da Minimercado Extra (que somam 258).
Porém, no período, 13 unidades deste último modelo foram fechadas e duas convertidas em Minuto, negócio que apresenta resultados melhores, segundo Iabrudi.
O segmento alimentar do GPA, que abrange as bandeiras Extra, Pão de Açúcar e Assaí, apresentou vendas líquidas de 8,9 bilhões de reais no segundo trimestre. O número é 6,4% maior ante igual período do ano passado.
No geral, incluindo os resultados da Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e Cnova (e-commerces), o Grupo Pão de Açúcar teve prejuízo líquido de 30 milhões de reais nos três últimos meses.