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Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2011 às 19h15.
Os sindicatos que negociam pelos cerca de 20 mil funcionários da Alitalia exigem uma reunião urgente com o governo italiano - eles querem impedir que a companhia se desfaça de suas áreas de tecnologia da informação e operações administrativas, onde estão empregadas mil pessoas. "É hora de o governo, como maior acionista da Alitalia, tomar decisões concretas sobre o futuro da companhia, porque 20 mil empregos estão em risco", afirmou um dos sindicatos, segundo o jornal britânico Financial Times.
Com as tensões em alta, os funcionários da Alitalia decretaram uma greve de 24 horas na última quinta-feira (7/9) que obrigou a companhia a cancelar 179 vôos - a pior crise trabalhista desde janeiro. A situação se agravou ontem, com a divulgação de uma perda de 318 milhões de dólares registrada pela aérea no primeiro semestre do ano, o que derrubou as ações da companhia em 10%. O déficit acabou com a esperança que a Alitalia pudesse voltar a ter lucro neste ano.
Os sindicatos que representam os funcionários da companhia estão cada vez mais desiludidos com a estratégia de Giancarlo Cimoli, o presidente da aérea, e querem que o governo reconsidere a decisão, tomada recentemente, de mantê-lo no cargo. Cimoli está à frente da Alitalia desde 2004, e lançou um plano de "salvação" que cortou 3 700 empregos. Sua estratégia de se desfazer das áreas de operações administrativas e tecnologia da informação irritou os trabalhadores - eles alegam que as medidas quebram um acordo acertado com a diretoria de não dividir a companhia