Oi: o comitê diretor de credores é formado por oito instituições que, ao total, somam aproximadamente US$ 2 bilhões em títulos (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 14h57.
São Paulo - O comitê diretor do grupo Ad Hoc de Credores da Oi divulgou comunicado nesta segunda-feira, 25, dizendo estar satisfeito com a ratificação do pedido de recuperação judicial e que seguirá empenhado em trabalhar com a empresa para que o processo seja bem-sucedido.
O comitê "continua a trabalhar junto à empresa para seguir com um plano substancial de desalavancagem financeira no balanço", diz o comunicado, acrescentando ter dado início a discussões com representantes de outros credores.
No comunicado, o comitê afirma também estar "comprometido em identificar formas de recuperação de valor para a Oi que não sejam apenas uma transação aceitável pelos detentores de títulos com garantia Telemar e não-Telemar", ao contrário do fundo Aurelius.
O comitê cita um comunicado distribuído pela Aurelius, no dia 22 de julho, que "é claramente designado mais para marcar uma agenda do que valorizar a maximização para todos os credores, é baseado em informações incompletas e equivocadas sobre a legislação brasileira".
O comitê diretor de credores é formado por oito instituições que, ao total, somam aproximadamente US$ 2 bilhões em títulos, na proporção de cerca de 60% garantido por papéis não-Telemar e 40% Telemar.
O comitê como um todo detém aproximadamente 40% dos títulos da empresa e congrega cerca de 70 membros de variadas instituições financeiras e de investimento com sede na Europa, Ásia, Américas e no Oriente Médio, informa a nota.
Os membros do comitê, em conjunto, somam aproximadamente US$ 4 bilhões em títulos da Oi e suas subsidiárias, incluindo várias séries de títulos. Cerca de 60% das participações são com garantia não-Telemar (emitidas pela Portugal Telecom International Finance B.V, Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. e Oi S.A.) e 40% são Telemar (emitidas pela Oi S.A.).
O comitê de credores é assessorado por Cleary Gottlieb Steen e Hamilton LLP (consultores internacionais), Moelis & Company (consultor financeiro) e Pinheiro Neto Advogados.