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Crédito do BB à exportação passa ao largo da crise

Em 2011 até a última sexta-feira, o BB contabilizava US$ 15,9 bilhões em operações de crédito ao exportador

Agência do BB no Rio: juros às famílias fechou em 40,4% ao ano no mês de outubro (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Agência do BB no Rio: juros às famílias fechou em 40,4% ao ano no mês de outubro (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 15h23.

Brasília - O Banco do Brasil estima fechar o ano com um crescimento de 40% de seu financiamento às exportações. O vice-presidente de atacado, negócios internacionais e private bank da instituição, Allan Simões Toledo, diz que o banco deve terminar o ano de 2011 com US$ 17 bilhões em operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), montante que representará um novo recorde.

"Devemos fechar o ano com algo em torno de US$ 17 bilhões em financiamentos à exportação. São praticamente dois bilhões a mais que o recorde histórico de 2007. O resultado acompanha o bom desempenho das exportações que têm apresentado recorde segundo o Ministério do Desenvolvimento", afirmou Toledo à Agência Estado. Em 2007, no atual recorde, o BB fechou US$ 15,087 bilhões em contratos de ACC e ACE.

Mesmo faltando algumas semanas para o fim do ano, essa marca já está batida. Em 2011 até a última sexta-feira, o BB contabilizava US$ 15,9 bilhões em operações de crédito ao exportador. Segundo o vice-presidente da instituição, no acumulado de novembro foram realizadas operações de US$ 700 milhões até a última sexta. Com o fechamento do ano com cifra próxima de US$ 17 bilhões em financiamentos ao comércio exterior, o BB calcula que deva fechar o ano mantendo a participação de mercado próxima de 32% nesse segmento.

Toledo afirmou que o mercado de crédito ao comércio exterior ainda não sente o agravamento da crise financeira internacional. Segundo ele, a oferta e a demanda por essas operações continuam em patamar considerado "normal". "A situação que a gente vê hoje é bem diferente da vivenciada em 2008 e 2009. Nós vemos os bancos, sobretudo os bancos brasileiros, com bastante competição no crédito à exportação. No mercado até houve um ou outro banco estrangeiro com menor volume de operações, mas, diferentemente de 2009, o mercado continua bastante competitivo. Não temos tido nenhuma dificuldade. As empresas têm tido toda a disponibilidade de recursos", afirmou.


Toledo comenta que as fontes de recursos usadas pelo BB continuam abertas e com boas condições para a captação. "Acabamos de fazer uma emissão própria de US$ 500 milhões em cinco anos. Foi um sucesso total. Também temos fonte no interbancário, os depósitos de empresas no exterior, especialmente as brasileiras, e a captação de pessoas físicas", explicou.

Diante disso, o vice-presidente do BB avalia que não há situação comparável à vista em 2008 e 2009, quando a instituição precisou agir fortemente no mercado para tentar normalizar a oferta de crédito ao exportador. "Em 2008 e 2009, houve até leilão do Banco Central para empréstimos em dólar. Até agora, não trabalhamos com a volta dessa perspectiva. Hoje, não temos nenhuma necessidade de captações fora dos canais já usados atualmente pelo BB".

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