Credit Suisse: novos chefes vão administrar o banco de investimento ao lado do co-chefe Gael de Boissard (Johannes Eisele/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 10h32.
Zurique - O Credit Suisse nomeou dois novos chefes de banco de investimento nesta sexta-feira, promovendo-os ao mais alto escalão do banco, em uma medida que deve levantar novas questões sobre seu apetite para reduzir o porte de uma unidade atingida por volatilidade e fracos lucros.
O banco suíço disse que Jim Amine, que chefia seu departamento de atividades de banco de investimento, e Tim O'Hara, que chefia a área de ações, se juntarão ao alto escalão de administração composto por 10 pessoas, sob o comando do presidente-executivo Brady Dougan.
Os dois vão administrar o banco de investimento ao lado do co-chefe Gael de Boissard, um operador francês de renda fixa. Amine e O'Hara vão substituir Eric Varvel, um veterano do Credit Suisse que vinha administrando o banco de investimento desde 2008. Ele dividia a gestão com Boissard desde 2013.
Varvel vai deixar o cargo para se concentrar na presidência do conselho da Ásia-Pacífico e Oriente Médio.
As decisões desta sexta-feira aumentam a predominância de executivos de banco de investimento no alto escalão do Credit Suisse, e a importância da unidade para a administração do banco, que também opera atividades de private banking para clientes ricos. Dos dez principais executivos, três vão administrar o banco de investimento.
Outros dois, o presidente-executivo e o co-chefe de private bank Rob Sahifr, têm histórico em atividades de banco de investimento. "Se algumas pessoas esperavam alguns cortes ou reestruturação no banco de investimento do Credit Suisse, isso não parece provável depois do anúncio de hoje", disse o analista do Bank Vontobel Andreas Venditti.
Resultados mistos de banco de investimento nos últimos meses, especialmente em atividades de negociação de bônus, têm exercido pressão para o CEO do Credit realizar cortes mais profundos na unidade, com o banco resistindo à investida até agora. (Por Katharina Bart)