EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 14h31.
As ações da CPFL devem ser pressionadas no curto prazo pela CPI das Tarifas de Energia Elétrica e também pela decisão da Bradespar de vender sua participação na empresa de energia, segundo análise da corretora Ativa.
Após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter identificado erros nos reajustes de diversas empresas de energia nos últimos anos, os próprios representantes das companhias já admitem rever os valores cobrados de seus clientes.
Para a Ativa, a notícia é negativa para todas as distribuidoras da energia, principalmente para as que atuam em regiões de baixo consumo de energia. Apesar de boa parte da receita da CPFL ser gerada em São Paulo, a Ativa acredita que a empresa vai sofrer com a mudança regulatória e retirou a recomendação de compra das ações.
O governo ainda não divulgou como será feita a revisão das tarifas de energia. Para a corretora, a mudança deverá ser aplicada de forma gradual e distribuída ao longo do próximo ciclo de revisão tarifária, que começa em 2010.
Outra notícia negativa para a CPFL é a decisão da Bradespar - o braço de investimentos não-financeiros do Bradesco – de vender sua participação na empresa de energia. A Bradespar detém 5,27% das ações da CPFL, uma participação avaliada em cerca de 870 milhões de reais.
Em maio, a Bradespar já havia vendido uma fatia de 3,45% do capital da empresa de energia. Com a realização do novo negócio, a Bradespar passaria a ser uma holding com investimento em uma empresa só: a Vale.
Para a Ativa, a venda das ações em poder da Bradespar deve gerar pressão sobre as cotações da CPFL. "Acreditamos que, no curto prazo, a empresa permaneça descontada em relação ao comportamento histórico de suas concorrentes", afirma a Ativa em relatório.