Arborização + Segura: programa da CPFL busca reduzir a interferência da vegetação urbana nas infraestruturas de utilidade pública, entre elas, as redes de distribuição — uma das principais causas de interrupção no fornecimento de energia (CPFL /Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 14h30.
Com a intensificação dos efeitos das mudanças climáticas, marcada por recordes históricos de temperatura, como os registrados no Brasil em 2023 e 2024 — anos mais quentes em 125 mil anos, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus —, a gestão sustentável das áreas verdes tornou-se indispensável para garantir a segurança e a resiliência urbana (distribuição de energia elétrica, internet, iluminação pública, sinalização urbana, redes de gás, água e esgoto, acessibilidade etc.).
Tempestades intensas afetaram estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro em 2023, derrubando centenas de árvores, gerando diversos impactos nas estruturas urbanas, incluindo as redes elétricas, evidenciando a urgência de políticas públicas que integrem natureza e infraestrutura.
A coexistência entre árvores e as infraestruturas urbanas é possível quando há planejamento adequado. Uma gestão consciente das áreas verdes não apenas protege o meio ambiente mas também reduz riscos à segurança pública, evita interrupções de serviços essenciais e contribui para o equilíbrio climático das cidades.
É justamente nesse contexto que a CPFL Energia tem atuado. Seu programa Arborização + Segura, criado há dez anos, tem como objetivo principal minimizar a interferência da vegetação nas redes elétricas nas suas áreas de concessão dos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. A iniciativa envolve desde a escolha criteriosa de espécies vegetais até ações de plantio e capacitação de profissionais, contribuindo para a revitalização da arborização urbana dos municípios parceiros.
Segundo Rodolfo Sirol, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Energia, essa integração é fundamental. “A intenção é que esse trabalho em conjunto ajude a construir cidades mais resilientes e sustentáveis, que garantam a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos e a preservação do verde.”
Desde o início do programa, mais de 75 mil mudas de árvores foram plantadas ou fornecidas para plantio pelas prefeituras. A empresa também investiu R$ 14 milhões no projeto, com previsão de mais R$ 50 milhões até 2030 como parte de seu Plano ESG.
O programa ainda incentiva e contribui com parcerias e iniciativas que vão além da arborização urbana, por exemplo:
“Em nosso Plano ESG 2030, o programa tem como foco reduzir os riscos para a população, diminuir interrupções na rede e proteger o meio ambiente por meio das doações e dos plantios de mudas de árvores”, destaca Sirol.
Além das práticas de plantio e poda, o uso de tecnologias inovadoras faz parte da estratégia de gestão sustentável das áreas verdes. A CPFL investe em sistemas de monitoramento remoto para identificar pontos de risco em redes elétricas e antecipar ações preventivas.
Essas medidas permitem uma abordagem integrada, capaz de aliar eficiência operacional, preservação ambiental e segurança para a população.
Os resultados mostram que a gestão integrada da arborização urbana é mais que uma necessidade ambiental – é uma estratégia eficaz para transformar cidades em espaços mais seguros, sustentáveis e preparados para os desafios climáticos do futuro. Com essa abordagem, árvores deixam de ser vistas como um obstáculo à infraestrutura e passam a ser reconhecidas como uma solução natural e essencial para um urbanismo sustentável.
Diante da aceleração da crise climática, adotar políticas públicas que integrem gestão ambiental, educação ambiental e parcerias estratégicas com empresas é um caminho promissor para criar cidades mais verdes e resilientes — um legado para as futuras gerações.