Companhia já sente vendas menores após o naufrágio (Filippo Monteforte/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2012 às 15h31.
Roma, 12 fev (EFE).- O presidente da Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, afirmou que embora não exista risco de falência da empresa é possível que o nome da companhia seja extinto após o naufrágio do Costa Concordia em 13 de janeiro em frente à ilha de Giglio, na Itália, que causou 17 mortos e deixou 15 pessoas desaparecidas.
Em entrevista publicada neste domingo no jornal 'La Stampa', Foschi declarou que os clientes caíram 35% na comparação com o ano passado, o que credita ao naufrágio.
'Já esperávamos um ano difícil devido à crise internacional, mas está claro que o naufrágio também pesa', revelou Foschi.
Embora a companhia tenha uma sociedade 'sólida' com 'capital líquido milionário', Foschi expressou temor pelo futuro do 'nome' da companhia.
'Costa Cruzeiros não vai quebrar como sociedade, mas é possível que esse nome deixe de existir', admitiu.
Foschi justifica a medida pelo fato de a companhia ter sido 'midiaticamente' aniquilada.
'Nosso nome foi massacrado. Quanto tempo será necessário para que as pessoas voltem a ver nossos navios com serenidade?', questionou o presidente de Costa Cruzeiros.
Ele destacou que o naufrágio do Costa Concordia fez refletir sobre alguns protocolos vigentes e anunciou que embora as normas já previssem simulação de evacuação nas primeiras 24 horas após o embarque, a recomendação agora é fazê-la imediatamente.
Com relação ao capitão Francesco Schettino, quem é acusado entre outros enquadramentos de homicídio involuntário múltiplo, Foschi reiterou que o naufrágio foi culpa de seu comportamento, quem 'vive atualmente um processo judicial que faria tremer qualquer pessoa'.
Sobre o restante da tripulação, o principal responsável do Costa Cruzeiros, declarou que a justiça deverá comprovar 'que eles cumpriram com seus deveres' e anunciou que 95% já pediram para voltar a embarcar.