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Cosan vê ativos da Petrobras e descarta investir em açúcar

A Cosan possui negócios em logística, distribuição de gás, lubrificantes, gestão de terras e soluções em transporte e armazenagem


	Cosan: ele foi enfático, no entanto, ao dizer que a Cosan não estuda novos investimentos no setor de açúcar neste momento
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Cosan: ele foi enfático, no entanto, ao dizer que a Cosan não estuda novos investimentos no setor de açúcar neste momento (.)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 10h01.

São Paulo - A companhia de energia e logística Cosan avalia a possibilidade de comprar ativos que venham a ser vendidos pela Petrobras e estejam dentro de suas áreas de atuação, mas descarta novos aportes no setor de açúcar em 2016, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Conselho de Administração da companhia, Rubens Ometto.

"A gente tem que analisar um por um, é claro. A Petrobras tem ativos ótimos. A gente estuda tudo. É claro que tudo que envolve distribuição de combustíveis, geração de energia, gás, nós estamos sempre analisando", disse o executivo a jornalistas em evento do Itaú BBA.

Ele foi enfático, no entanto, ao dizer que a Cosan não estuda novos investimentos no setor de açúcar neste momento.

"Em hipótese nenhuma. (Estamos) sempre melhorando a produtividade do que já temos implantado...tentando tirar mais... nem usinas, nem aquisições, estamos satisfeitos com o tamanho em que estamos".

A Cosan possui negócios em logística, distribuição de gás, lubrificantes, gestão de terras e soluções em transporte e armazenagem, além de atuar na produção de etanol de cana-de-açúcar e distribuição de combustíveis por meio da Raízen, uma joint venture com a anglo-holandesa Shell.

Já a Petrobras tem a meta de arrecadar ao menos 14 bilhões de dólares neste ano com a venda de ativos, com expectativas do mercado de que a companhia possa se desfazer de negócios como a subsidiária BR Distribuidora, de combustíveis, além de gasodutos, usinas de geração termelétrica e outros.

Ometto afirmou ainda que uma eventual redução de preço da gasolina pela Petrobras neste momento representaria uma intervenção indevida do governo federal na petroleira estatal.

Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que há discrepância entre os preços de combustíveis internacionais e os praticados no Brasil, mas descartou uma intervenção estatal na definição sobre o assunto.

"O governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina", disse.

Na segunda-feira, a Petrobras afirmou que "não há previsão, neste momento, de reajuste nos preços de comercialização de gasolina e diesel".

No mesmo dia, no entanto, fontes na companhia afirmaram à Reuters que o tema era debatido internamente, embora não fosse esperada uma decisão imediata.

Redução de custos

Ometto também afirmou que a Cosan tem conseguido reduzir custos com mão de obra em meio à recessão do país, que possibilita melhores negociações salariais.

"Com o aumento do desemprego, estamos conseguindo melhor margem para negociação (de salários)", disse.

O executivo também afirmou que tem visto uma volta do interesse de investidores do setor de açúcar e etanol por aquisições no Brasil, em meio a um cenário de recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional e bom nível de preços e de demanda do etanol no mercado local.

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