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Cosan prevê estender moagem até dezembro por chuvas

Prazo inicial previsto para encerramento dos trabalhos seria no final de novembro

Colheita de cana-de-açúcar da Cosan: meta da empresa, que tem uma joint venture no setor de sucroenergético com a Shell (Raízen), é moer até 62 milhões de toneladas na safra atual (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Colheita de cana-de-açúcar da Cosan: meta da empresa, que tem uma joint venture no setor de sucroenergético com a Shell (Raízen), é moer até 62 milhões de toneladas na safra atual (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 13h10.

São Paulo - A Cosan, empresa de infraestrutura e energia, disse que as chuvas ocorridas no terceiro trimestre devem fazer a companhia estender a moagem de cana até dezembro, ante o prazo inicial previsto para encerramento dos trabalhos no final de novembro, disse o presidente da companhia em conferência com jornalistas.

"O projeto inicial era terminar a moagem em novembro, então certamente ela vai se estender até dezembro... E se considerar a média dos últimos dez anos do regime pluviométrico, nós vamos conseguir moer como na meta", disse o presidente da companhia, Marcos Lutz, em conferência com jornalistas.

A meta da empresa, que tem uma joint venture no setor de sucroenergético com a Shell (Raízen), é moer até 62 milhões de toneladas na safra atual, contra 56,2 milhões de toneladas na safra anterior.

A Raízen é a maior produtor individual de açúcar e etanol no Brasil, e deve concentrar a maior parte de uma redução de custos projetada.

A empresa anunciou juntamente com os resultados do terceiro trimestre redução de cerca de 200 milhões de reais nos gastos com investimentos (capex) para este ano.

"Os investimentos na Raízen são dezenas, o que fizemos foi colocar um desafio de redução, para fazer a mesma coisa com menos dinheiro e, eventualmente, postergar ou reduzir o escopo de alguns projetos menores", disse o presidente.

O gastos com investimentos da empresa são estimados entre 2,8 bilhões a 3 bilhões de reais neste ano, contra 2,9 bilhões a 3,2 bilhões de reais na previsão anterior.

O executivo afirmou que o capex menor não afetará suas metas de expansão em volume, mas a ideia é reduzir o plantio próprio para avançar mais rapidamente com o projeto de terceirização do plantio.

O lucro líquido da companhia recuou para 208,8 milhões de reais no terceiro trimestre, afetado por câmbio e despesas financeiras maiores, informou a Cosan na noite de quarta-feira após o fechamento do mercado.

"O resultado do terceiro trimestre veio em linha com nossa estimativa... As projeções da companhia são boas notícias, com redução do capex, menos do que tínhamos esperado, mas ainda positivo e ainda possivelmente um sinal de uso mais racional do capital", disseram analistas do BTG Pactual em relatório ao mercado.

As ações da Cosan operavam em alta de 2,4 por cento às 12h, enquanto a Ibovespa subia 0,5 por cento.

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