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Corrida por petróleo: empresas aceleram investimentos com alta do barril

Demanda aquecida já aumenta custos de produção. Projetos devem entrar em operação em até quatro anos

A avaliação de que preços maiores vieram para ficar (Regis Duvignau/Reuters)

A avaliação de que preços maiores vieram para ficar (Regis Duvignau/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de março de 2022 às 08h21.

Última atualização em 21 de março de 2022 às 09h39.

A escalada no preço do petróleo no mercado internacional já é vista como uma mudança de patamar. O barril do Brent chegou a se aproximar dos US$ 140 este mês e tem permanecido acima dos US$ 100 após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A avaliação de que preços maiores vieram para ficar desencadeou uma corrida por petróleo entre as empresas, que buscam acelerar investimentos.

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A retomada, após dois anos de forte impacto no setor pela pandemia, se reflete na intenção de perfurar mais poços e na contratação de plataformas.

Mas essa arrancada súbita também tem impacto nos custos. A diária de equipamentos como sondas para exploração de petróleo, por exemplo, já supera o valor cobrado antes da pandemia, relatam as empresas.

A Petrobras, por exemplo, explica que o preço do petróleo pode influenciar a decisão sobre a viabilidade de projetos complementares de campos em produção.

Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) o investimento no setor de petróleo no Brasil vai somar US$ 13,5 bilhões este ano, cerca de US$ 1 bilhão a mais que o ano anterior. Para 2023, a expectativa é que o volume chegue a US$ 20 bilhões.

Segundo o presidente do instituto, Eberaldo de Almeida Neto, o Brasil tende a atrair mais investimentos com a instabilidade política entre os maiores exportadores, como a Rússia, além dos constantes conflitos no Oriente Médio.

 

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