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Correios vão reabrir plano de demissão voluntária neste mês

O programa, aberto entre janeiro e fevereiro, não atingiu a meta, que era de 8 mil empregados, com previsão de economia entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão

Correios: segundo Guilherme Campos, presidente da estatal, 5,5 mil trabalhadores aderiram ao PDV, mas boa parte teria desistido (Agência Brasil/Agência Brasil)

Correios: segundo Guilherme Campos, presidente da estatal, 5,5 mil trabalhadores aderiram ao PDV, mas boa parte teria desistido (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2017 às 20h15.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 20h18.

Brasília - O presidente dos Correios, Guilherme Campos, disse que a empresa vai reabrir o Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus funcionários.

O programa, aberto entre janeiro e fevereiro, não atingiu a meta, que era de 8 mil empregados, com previsão de economia entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão.

"Devemos reabrir o programa ainda no mês de maio", afirmou, após participar de audiência pública.

Segundo Campos, 5,5 mil trabalhadores aderiram ao PDV, mas boa parte teria desistido. Os números ainda não foram fechados.

As condições serão as mesmas do PDV anterior. Os Correios têm cerca de 17 mil funcionários elegíveis ao programa, com mais de 55 anos ou mais de 15 anos de tempo de serviço.

Campos disse ainda que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai mediar um solução para o Postal Saúde.

O plano de saúde é a principal causa do rombo da empresa que, em 2016, deve registrar prejuízo de R$ 2 bilhões.

O balanço ainda não foi publicado. Em 2015, o prejuízo foi de R$ 2,1 bi, dos quais R$ 1,6 bi foram causados pelo plano.

De acordo com ele, a proposta dos Correios é arcar com 100% das despesas com saúde de seus trabalhadores e aposentados.

As despesas com dependentes seriam arcadas pelos empregados, mas, nos anos em que a empresa registrar lucro, ela contribuiria com 15% desse gasto.

Hoje, o Postal Saúde tem 400 mil vidas, sendo 110 mil funcionários ativos e 30 mil aposentados. O restante são dependentes, além de pais e mães dos empregados.

Os Correios arcam com 93% das despesas do plano, e os funcionários e aposentados, com 7%. "É insustentável", disse Campos.

O presidente dos Correios disse que o plano de recuperação da empresa pode evitar sua privatização.

Ele disse a venda dos Correios só será realizada se as ações não forem suficientes para socorrer a companhia.

No curto prazo, o objetivo é cortar despesas e melhorar os serviços para evitar perda de participação do mercado.

No médio prazo, a meta é elevar a presença dos correios no serviço de entregas.

Entre as ações futuras, Campos citou a exploração de serviços de logística e loterias, complementares às da Caixa, na área de esportes.

Segundo ele, os brasileiros gastam R$ 2 bilhões por ano no exterior em sites de apostas esportivas.

Ele destacou ainda que a rede dos Correios em todo o País poderia ser usada como agência de atendimento dos governos federal, estaduais e municipais, semelhante ao Poupatempo paulista.

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