Correios: a ratificação do acordo está prevista para ocorrer às 14 horas (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de outubro de 2017 às 19h42.
Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 20h26.
São Paulo - Os funcionários dos Correios retornaram ao trabalho nesta segunda-feira, 9, "em clima de normalidade", diz a estatal, após a greve que paralisou parte dos serviços postais da empresa desde o dia 19 de setembro.
A expectativa agora é pela assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, analisado e aprovado em assembleia de trabalhadores na última sexta-feira (6), que terá validade de agosto de 2017 a agosto de 2018.
Tanto os Correios quanto as entidades que representam os trabalhadores - a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect)- confirmaram ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a assinatura deve ocorrer nesta terça-feira (10), na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
O gabinete do vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, informou que a ratificação do acordo está prevista para ocorrer às 14 horas.
O acordo proposto pelo ministro Pereira prevê reajuste de 2,07% dos salários e benefícios, retroativo a agosto de 2017, a manutenção das cláusulas do ACT anterior, compensação de 64 horas e desconto do restante das horas não trabalhadas.
O plano de saúde, tratado na cláusula 28, segue em negociação, sob mediação do TST.
A distribuição de objetos postais pelos Correios deve estar normalizada em até cinco dias úteis "na maior parte das localidades", projeta a estatal.
Já os serviços de horário marcado, como Sedex 10 e Disque Coleta, devem voltar ao funcionamento até a quarta-feira (11).
No último fim de semana, após as entidades sindicais aprovarem a proposta de acordo, os Correios realizaram um mutirão nas regiões em que houve greve e foram entregues mais de 6,6 milhões de cartas e encomendas, com a participação de mais de 22 mil trabalhadores.