Ford: fábricas da montadora ficarão paralisadas por causa de surto de coronavírus (Ginnette Riquelme/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de março de 2020 às 17h26.
Em mais uma medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus, a Ford informou nesta quinta-feira, 19, que vai suspender a produção das fábricas que mantém na América do Sul, que são três no Brasil e uma na Argentina.
No Brasil, a atividade será interrompida entre os dias 23 de março e 13 de abril. Na Argentina, será do dia 25 de março ao dia 6 de abril.
A principal fábrica da montadora fica em Camaçari, na Bahia, e é responsável pela produção dos modelos Ka e Ecosport. O grupo ainda tem uma fábrica de motores em Taubaté, no interior de São Paulo, e uma outra fábrica de veículos em Horizonte, no Ceará, onde produz modelos da marca Troller. A planta da Argentina fica em Pacheco.
Em nota, a empresa afirma que, desde o início do surto do coronavírus, tem tomado todas as medidas possíveis para minimizar o impacto da doença, adotando o trabalho remoto (com exceção das funções críticas que não podem ser realizadas fora das instalações da empresa) limitando os visitantes nas fábricas e escritórios e aumentando a frequência da limpeza nas instalações, entre outras.
"A maior prioridade da Ford é sempre a segurança e o bem-estar de nossos funcionários e parceiros. Essa ação adicional ajudará a reduzir o risco de disseminação do covid-19, ao mesmo tempo em que potencializa a saúde dos nossos negócios durante esse período desafiador para toda a economia", afirmou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
"Em situações sem precedentes como esta, mais do que nunca é fundamental colocar nosso time em primeiro lugar", disse também.
"Continuaremos trabalhando em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros locais para explorar protocolos e procedimentos adicionais para ajudar a impedir a disseminação do vírus e definir novas práticas de trabalho para nossos planos de retorno das operações com base no que aprendemos".
Já a Latam Airlines, maior grupo aéreo da América Latina, vai cortar o salário de seus 43 mil funcionários em 50% por três meses, afirmou uma fonte próxima da situação nesta quinta-feira.
A Latam tem operações concentradas no Chile e no Brasil. O presidente-executivo da companhia vai reduzir seu salário em 100%, acrescentou a fonte.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)