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Coronavírus deve atrasar privatização da Eletrobras, diz CEO da empresa

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, não deu detalhes sobre as expectativas de impacto no cronograma da privatização

Eletrobras: presidente da empresa afirmou que o setor elétrico deve ser afetado pelo coronavírus (Pilar Olivares/Reuters)

Eletrobras: presidente da empresa afirmou que o setor elétrico deve ser afetado pelo coronavírus (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de março de 2020 às 17h20.

 A pandemia global de coronavírus deve gerar algum atraso no cronograma da privatização da Eletrobras , uma operação que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem buscado levar adiante ainda em 2020, disse nesta segunda-feira o presidente da estatal.

"Por óbvio, o Covid-19 prorroga isso por um tempo, é natural. Entendemos que isso deve ficar um pouco mais para a frente", disse o CEO da elétrica, Wilson Ferreira Jr., em teleconferência com investidores sobre os resultados de 2019.

O executivo, no entanto, não deu detalhes sobre as expectativas de impacto no cronograma do processo.

O presidente da Eletrobras disse que a epidemia deve ainda causar outras consequências no setor elétrico, como problemas de liquidez para distribuidoras de energia devido à queda na demanda e a possíveis dificuldades dos consumidores para quitar suas contas, até devido ao fechamento de lotéricas.

Nesse sentido, Ferreira sugeriu, ao ser questionado por um analista, que o governo poderia trabalhar para viabilizar empréstimos às distribuidoras para que elas passem por esse momento excepcional, como em 2014 e 2015, em operações realizadas por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O executivo destacou, no entanto, que essa é uma "opinião pessoal", uma vez que o assunto tem sido tratado entre o governo e empresas de distribuição.

A Reuters publicou nesta segunda-feira que conversas entre elétricas e o Ministério de Minas e Energia sobre impactos do coronavírus incluem uma possível costura pelo governo de um empréstimo emergencial para o setor, que poderia seguir os moldes das operações realizadas pela CCEE no passado.

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