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Copel confirma pedido de reajuste de tarifa de 32,4

De acordo com a companhia, no entanto, na composição deste índice apenas 1,5% está relacionado a custos operacionais da empresa


	Copel: diretor-presidente explica que índice de reajuste de 32,4% é formado por três variáveis
 (Divulgação)

Copel: diretor-presidente explica que índice de reajuste de 32,4% é formado por três variáveis (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 17h29.

Porto Alegre - A Copel Distribuidora confirmou nesta terça-feira, 10, que solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um reajuste médio de 32,4% na tarifa de energia, a ser aplicado aos consumidores a partir do próximo dia 24.

De acordo com a companhia, no entanto, na composição deste índice apenas 1,5% está relacionado a custos operacionais da empresa - o restante se refere a despesas financeiras e com a compra de energia em meio à crise que envolve o setor.

"Não lucramos nada com este aumento de 32,4%, a consequência para o balanço será inexpressiva. O que haveria é prejuízo se não repassássemos isso agora", disse o diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Santo Daleffe. "Adoraria que o aumento fosse apenas de 2%."

Daleffe explica que o índice de reajuste de 32,4% é formado por três variáveis. A maior delas e mais impactante, de 19,1%, diz respeito à compra de energia para distribuição em sua área de concessão.

"Só para se ter uma ideia, dos dois últimos contratos firmados em leilão com o governo federal, a energia contatada no primeiro foi 36% mais cara do aquela que ela substituía, e no segundo o valor pago foi exatamente o dobro", disse.

As despesas da chamada "parcela A", segundo ele, foram fortemente pressionadas pela queda no nível dos reservatórios de hidrelétricas e pelo acionamento constante das usinas térmicas.

Outros 11,8% vêm dos componentes financeiros, relativos à diferença entre as despesas que a empresa teve com a aquisição de energia e o que ela recebe hoje por meio das tarifas, e que tem que ser compensado ao longo dos próximos 12 meses.

Inclui também parte do reajuste tarifário de 2013 autorizado pela Aneel, que na época, a pedido do governo do Estado, a Copel decidiu não repassar totalmente ao consumidor.

Por último, resta o 1,5% da "parcela B", que representa os pelos custos operacionais da companhia.

"É a única parcela que é de nossa responsabilidade. Engloba operação do sistema, manutenção, gastos com pessoal, transporte, aluguel", descreveu.

"Numa condição normal, se não houvesse aumento do custo da energia nem nada mais para compensar de perdas passadas, o aumento no Paraná seria de 1,5%."

Conta da Aneel

Segundo Daleffe, o assunto está pré-agendado para ser discutido pela diretoria da Aneel no dia 17. O parecer final do órgão regulador tem que sair antes do dia 24, quando o reajuste entra em vigor.

Ele acredita que o índice só será diferente do sugerido pela Copel se a Aneel tiver uma estimativa diferente da feita pela companhia sobre a necessidade de uso das térmicas nos próximos meses para entregar a energia contratada, o que incide sobre o valor pago pela distribuidora.

"Essa é a única variável que pode mudar esse indicador", afirmou.

"Choveu muito nos últimos dias e eu não sabia disso quando fiz o meu cálculo, há duas semanas. Os números da Aneel são mais precisos porque são feitos depois."

Se o reajuste de 32,4% for confirmado integralmente pela Aneel, a tarifa residencial cobrada pela Copel será a maior já cobrada pela empresa.

"A de outros estados são historicamente maiores do que a nossa e, mesmo com reajustes menores, continuarão superiores."

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