Usina Hidrelétrica Governador José Richa - Salto Caxias, da Copel: reajuste tarifário anual da companhia ocorre em junho. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 13h21.
São Paulo - A Copel acumula custos de 125 milhões de reais que podem ser considerados no próximo reajuste tarifário da distribuidora em favor da empresa, informaram executivos da companhia em teleconferência com analistas nesta sexta-feira.
Os valores se referem a custos não-gerenciáveis acumulados da CVA (Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela A - CVA).
Os custos na CVA são relacionados com a compra de energia elétrica da usina de Itaipu e alguns encargos tarifários do setor elétrico como o relacionado à geração termelétrica adicional. Se reconhecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esses custos são repassados na tarifa de energia do consumidor em favor da distribuidora.
O reajuste tarifário anual da Copel ocorre em junho.
A Copel informou ainda que continua com seu programa de redução de custos de pessoal e negocia com o governo do Estado do Paraná o recebimento dos créditos da Conta de Resultados a Compensar (CRC), mas não definiu data para receber os recursos.
"Continuamos em negociação com o Estado. Definindo os parâmetros de valor, termo de quitação", disse o diretor financeiro da empresa, Luiz Eduardo Sebastiani.
A empresa tem saldo de 1,34 bilhão de reais a receber do Estado do Paraná referente a CRC, segundo dados informados em março. A empresa não disse qual seria esse valor atualizado.
A CRC foi um mecanismo criado pelo governo federal para compensar insuficiências tarifárias das empresas de energia. Isso ocorria em um período em que as tarifas não sofriam os ajustes da maneira como acontece atualmente e eram usadas como instrumentos de controle da inflação pelo governo. Para garantir uma remuneração mínima para as empresas, o governo gerava créditos na CRC.
A Copel, que já afirmou que irá rever sua política de dividendos, não apresentou um cronograma definido e a possível proposta de revisão. "A nossa perspectiva é no segundo semestre retomar essa questão... Mas essa discussão é recorrente", disse Sebastiani.