O presidente chinês, Xi Jinping: “Diante da dupla tarefa de recuperação econômica e proteção ambiental, os países em desenvolvimento precisam de ajuda e apoio” (World Economic Forum/Pascal Bitz/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 15 de outubro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 13h12.
Enquanto todas as atenções do mundo se voltam para a COP26, que será realizada em Glasgow, Escócia, no início de novembro, uma outra COP menos conhecida, mas igualmente importante, se encerra hoje na cidade de Kumming, na China: A 15a COP da Biodiversidade.
O ponto alto do evento foi o anúncio, pela China, da criação de um fundo para proteção da biodiversidade em países em desenvolvimento, que começa com 233 milhões de dólares, o equivalente a quase 1,2 bilhão de reais na cotação atual. O presidente chinês, Xi Jinping, convidou os países desenvolvidos a contribuir para o fundo.
“Diante da dupla tarefa de recuperação econômica e proteção ambiental, os países em desenvolvimento precisam de ajuda e apoio”, disse Xi Jinping. Esse foi o primeiro grande evento ambiental realizado pela China.
Como resultado concreto, a COP15 produziu um documento, assinado por mais de 100 países, no qual as nações se comprometem a criar um pacto global para proteção da biodiversidade. O texto pede “ação urgente e integrada” para incorporar questões referentes à biodiversidade em todos os setores da economia.
Apesar da declaração conjunta, as principais negociações foram adiadas para 2022 em função da pandemia. O evento deste ano foi realizado virtualmente. A expectativa para o próximo ano é que seja definido um marco global para a proteção da biodiversidade.