400 mil pessoas por ano são infectadas por salmonela nos Estados Unidos (AFP/Karen Bleier)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Washington - Um importante produtor de ovos dos Estados Unidos ampliou, esta quinta-feira, para 380 milhões a devolução de ovos de galinha que poderiam estar contaminados com a bactéria salmonela, em um dos maiores 'recalls' deste produto na história recente.
Os ovos saíram das instalações das granjas Wright County Egg, em Galt, Iowa, e foram vendidos em todo o país para 143 marcas diferentes em embalagens de 6, 12 e 18 unidades.
Em 13 de agosto, a companhia fez o 'recall' voluntário de 220 milhões de ovos presentes no mercado, depois do registro de centenas de casos de salmonela. A agência reguladora de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) anunciou o primeiro 'recall' na quarta-feira.
Hoje, a companhia estendeu a medida para 380 milhões de ovos, afirmando que o número representa 1% do percentual total de produção de ovos.
Trata-se de "um dos maiores 'recalls' de ovos feitos na história recente", acrescentou a diretora de Saúde Pública e Bioestatística da FDA, Sherri McGarry.
Especialistas da FDA informaram esta quinta-feira, em entrevista por telefone, que estão investigando as causas do surto de salmonelose, que chegou a 1.953 casos entre maio e julho deste ano.
Sem vinculá-los diretamente à Wright County Egg, a agência informou que o surto corresponde a mais que o dobro do número normal de casos da doença provocada pela bactéria neste período.
No entanto, a FDA informou que roedores infectados podem ter espalhado a salmonela nas granjas Wright.
A companhia anunciou ter decidido pasteurizar todos os estoques de ovos frescos para matar qualquer bactéria salmonela.
Segundo sanitaristas, a salmonelose é transmitida com mais frequência através do consumo de comida contaminada por fezes de animais.
O micróbio normalmente se desenvolve no trato intestinal de aves e mamíferos.
Estima-se que 400 mil pessoas ao ano sejam infectadas por salmonela nos Estados Unidos através do consumo de alimentos contaminados, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
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