Negócios

Eletrobras aprova redução da garantia de usina no RS

Conselho de Administração aprovou a redução da garantia física da termelétrica Candiota 3, da sua subsidiária CGTEE


	Linhas de transmissão da Eletrobras: medida prevê que a garantia física seja reduzida para 267 MW médios
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Linhas de transmissão da Eletrobras: medida prevê que a garantia física seja reduzida para 267 MW médios (Adriano Machado/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 17h39.

Brasília - O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou nesta segunda-feira a redução da garantia física da termelétrica Candiota 3, de sua subsidiária Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) e vai substituir a diferença com contratos da Eletronorte, disse o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto.

Segundo ele, devido a problemas técnicos na caldeira a carvão da usina, Candiota 3 não estava conseguindo atingir a geração prevista em sua garantia física contratual, de 303 megawatts (MW) médios.

A medida aprovada pelo Conselho, que ainda tem de passar pelo aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que a garantia física seja reduzida para 267 MW médios.

No desenho aprovado pela Eletrobras, a redução da garantia física da usina será coberta por contratos de outra subsidiária do grupo, a Eletronorte.

"Com isso, esperamos que a CGTEE volte ao equilíbrio financeiro no ano que vem", disse Carvalho Neto a jornalistas, após a reunião do Conselho.

No primeiro semestre deste ano, a CGTEE deve prejuízo líquido de cerca de 200 milhões de reais, causado principalmente pela compra de energia no mercado de curto prazo, para compensar o não atendimento da garantia física na usina de Candiota 3.

Santo Antônio

Questionado sobre as dificuldades enfrentadas pela Santo Antônio Energia, concessionária da usina de Santo Antônio, da qual a Eletrobras é sócia por meio da subsidiária Furnas, Carvalho Neto disse que, da parte de Furnas, não vai faltar recursos poara fazer frente às obrigações junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Na semana passada, a Santo Antônio Energia não conseguiu aprovar aporte adicional de 1,4 bilhão de reais por parte de seus acionistas por falta de quorum na assembleia extraordinária de acionistas.

O dinheiro seria necessário para que a empresa continuasse a honrar os pagamentos ao Consórcio Construtor Santo Antônio de forma a manter as obras da usina em andamento.

"Estamos falando com os sócios para chegar a um ponto comum", disse Carvalho Neto.

O presidente da Eletrobras disse que os sócios da usina e o consórcio construtor da obra estão buscando um "encontro de contas" e admitiu que "eles (os construtores) têm uma grande parte da responsabilidade" na frustração da antecipação do cronograma da obra.

Sobre o desempenho das ações da estatal, que nesta segunda-feira estavam em queda, o executivo disse que, desde janeiro, as ações da empresa vêm se valorizando, mas "ainda estão longe do valor patrimonial".

Acompanhe tudo sobre:Conselhos de administraçãoEletricidadeEletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergiaEnergia elétricaEstatais brasileirasGarantiasgestao-de-negociosHoldingsServiços

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'