São Paulo - Na última semana, Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, fez mais um progresso em sua promessa de doar até o final da vida 99% de sua fortuna. O CEO da rede social e sua esposa, Priscilla Chan, doaram US$ 95 milhões para suas duas instituições de caridade, a Chan Zuckerberg Foundation e a CZI Holdings LLC. O valor, que será investido nas áreas de saúde, tecnologia e educação, soma-se aos US$ 285 milhões já doados pelo casal e reflete uma realidade comum entre os mais ricos do mundo: a filantropia como estratégia empresarial. O investimento, como explica o consultor de empresas Stephen Kanitz, é a melhor alternativa para as empresas que querem causar o máximo de impacto junto à comunidade com poucos recursos. Veja nas imagens os 10 bilionários mais caridosos dos últimos anos, segundo a revista Forbes.
Fortuna: US$ 79,2 bilhões O cofundador da Microsoft ainda é considerado o homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, mas Gates pode perder seu posto por conta de suas doações filantrópicas. Aos 60 anos, o bilionário já doou US$ 31 bihões para sua instituição de caridade, a Bill & Melinda Gates Foundation, que beneficia movimentos pela redução da fome, pobreza e doença. Seu projeto mais recente buscou combater a poliomielite, HIV, malária e tuberculose no mundo. Além disso, Bill Gates e Warren Buffett criaram, há seis anos, a Giving Pledge ("Promessa de Doação, em uma tradução livre") que incentivou mais de 190 pessoas a doarem pelo menos metade de sua fortuna, em vida ou na morte.
O empresário espanhol, detentor da rede de roupas Zara, criou em 2001 uma organização que leva seu nome e que visa promover todos os tipos de atividades no campo da cultura, investigação, educação e ciência.
Sua última grande doação, de 40 milhões de euros, foi feita no começo deste ano para uma comunidade da Andaluzia, na Espanha, e tem por objetivo ajudar hospitais a tratar pacientes com câncer.
O mega investidor e dono do conglomerado Berkshire Hathaway é considerado o entusiasta da filantropia e deixou de ser o segundo homem mais rico do mundo por conta de suas doações - ele é o terceiro, pela lista dos maiores bilionários do planeta.
Ao lado de Bill e Melinda Gates, Buffett tem a rotina de anualmente doar uma grande quantidade à caridade - só em 2015 foram US$ 2,4 bilhões.
O visionário de inovações tecnológicas e fundador da Oracle criou em 1997 a Ellison Medical Foundation, que se dedica à investigação da biomedicina e melhorias de vida à população mundial.
Apesar de seu estilo de vida luxuoso, Ellison também se comprometeu a doar toda sua riqueza para a caridade.
Fortuna: US$ 49,9 bilhões O empresário mexicano, dono da Telecom, usa sua fortuna para oferecer principalmente internet às famílias latinas que vivem nos Estados Unidos. Além disso, Slim já investiu mais de US$ 100 milhões em conservação ambiental no seu país de origem, doou US$ 4 milhões para educação e também ofereceu um programa para que mexicanos fizessem pós-graduação na Universidade George Washington. O magnata fundou uma instituição que leva seu nome e sustenta 14 Casas Telmex, que são escolas de apoio em cidades pobres do México.
Depois de três mandatos como prefeito de Nova York, Michael Bloomberg criou uma fundação que leva seu nome e que se dedica à educação, saúde e meio ambiente.
No ano passado lançou o "What Works Cities", uma iniciativa para ajudar 100 cidades de tamanho médio dos Estados Unidos a reunir e analisar informações para melhorar a vida dos moradores.
Além disso, o bilionário investiu US$ 53 milhões em um programa para recuperar a população de peixes no Brasil, Filipinas e Chile.
Fortuna: US$ 38,4 bilhões O CEO da Alphabet, holding que controla o Google, prefere dar destinos inusitados à sua fortuna: o executivo disse em uma entrevista que, em vez de dar seus bilhões para os dois filhos, achava melhor oferecer para empreendedores como Elon Musk. Musk é dono de grandes ideias que podem mudar o mundo, como fazer uma viagem e um estudo aprofundado sobre Marte.
O primeiro brasileiro da lista e considerado pela Forbes o homem mais rico do país, o empresário e acionista da AB InBev, Jorge Paulo Lemann, segue o mesmo discurso de Bill Gates de direcionar parte de sua fortuna a projetos sociais.
Por meio da Fundação Lemann, o bilionário investe esses recursos na melhoria da educação no Brasil, oferecendo bolsas de estudo no exterior para talentos brasileiros e cursos para secretários municipais de educação, diretores e professores de escola pública.
Ao lado de Lemann na AB InBev, o empresário fundou a Ismart, uma fundação que seleciona alunos de destaque em escolas públicas para cursar o ensino médio em colégios particulares.
Telles contribui anualmente com 55% dos investimentos dessa fundação e conta com a parceria de escolas privadas do país para formar esses alunos.
Fortuna: US$ 13,3 bilhões Ao lado de Lemann e Telles como acionista da AB InBev, Sicupira também direciona seu dinheiro para questões sociais. O empresário fundou em 2000 a Brava, cuja meta é patrocinar projetos de melhoria da gestão no setor público e em ONGs. Sicupira, Lemann e Telles criaram juntos a Fundação Estudar, que promove projetos na educação e para servidores.
Middle East Airlines permanece operando no Líbano, mesmo diante de bombardeios e tensões com Israel e Hizbollah, consolidando-se como "a companhia mais corajosa do mundo".