(Black Salmon/Getty Images)
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Publicado em 13 de abril de 2023 às 07h30.
Hospitais, farmacêuticas e todas as grandes empresas que englobam o setor da saúde já têm esforços voltados para pautas importantes dentro da sigla ESG. As ações vão desde investimentos em mudanças simples de processos internos para reduzir a utilização de recursos naturais e produtos não-recicláveis até grandes investimentos em arquitetura sustentável e gestão de resíduos.
Um estudo do Health Research Institute (HRI), da consultoria global PwC, constatou que, em geral, as grandes empresas de saúde concentram mais esforços na área social, com atendimento à população e acesso aos medicamentos, mas o estudo analisou as iniciativas ESG de 45 sistemas de saúde e seguradoras e de 32 empresas farmacêuticas e de biociências e descobriu que as organizações de saúde obtêm benefícios adicionais ao incorporar também um enfoque ambiental e de governança em sua estratégia geral.
Quando se trata de mão na massa, hoje, as empresas farmacêuticas e de biociências ainda tem 77% do foco no social e apenas 12% no ambiental e 11% na governança. Enquanto isso, 58% das lideranças do setor de saúde disseram que esperam aumentar o treinamento em diversidade e inclusão, enquanto 52% querem ampliar a divulgação sobre o tema, pautas também focadas no social.
O Estudo da HRI detectou algumas ações sociais, ambientes e de governança que podem ser efetivas para o setor:
Ações ambientais: Operadoras, seguradoras, hospitais e centros médicos acadêmicos buscam a liderança em energia e design ambiental (LEED, na sigla em inglês) e iniciativas de construção verde. Algumas outras organizações também focam em mudanças de impacto ambiental como, por exemplo, o uso embalagens compostáveis de cafeteria até repensar formas de reduzir o impacto ambiental de insumos usados na prestação de cuidados.
Ações sociais: Muitas organizações de saúde tem foco em ações comunitárias que geram empregos e melhorias na saúde da população. Entre as iniciativas é possível ver ações relacionadas à melhoria da diversidade e transparência do conselho, aprimoramento de programas de diversidade e inclusão para sua força de trabalho, requalificação da equipe e reforço das iniciativas de segurança no local de trabalho.
Ações de Governança: Para divulgar seus esforços ESG, as organizações de saúde usam uma variedade de métodos, como relatórios de sustentabilidade corporativa e avaliações das necessidades de saúde da comunidade. No pilar governança é possível pensar em estrutura do conselho, equidade de pagamento e políticas para prevenir fraudes e violações éticas.
Ações ambientais: A maioria das empresas informa emissões de CO2 e estabelece metas sobre quando espera se tornar neutra em carbono. Além disso, a produção farmacêutica tem oportunidade para as empresas considerarem inovações destinadas a reduzir o uso e o desperdício de água e diminuírem suas pegadas de carbono. Quanto aos distribuidores, muitos esforços ambientais estão focados na eficiência de combustível e na otimização de rotas para mitigar o impacto ambiental do transporte.
Ações sociais: Para as empresas farmacêuticas, uma meta social é a diversidade de participantes em ensaios clínicos, criando um amplo universo de pacientes que podem se beneficiar das terapias. Outra possibilidade é tomar medidas proativas para ajudar a garantir que os medicamentos e dispositivos sejam usados corretamente nos pacientes certos, no momento certo.
Ações de governança: Um desafio para as empresas farmacêuticas e de biociências é definir um framework de relatório porque, normalmente, um único framework não atende às suas necessidades específicas. Ao selecionar um framework, as empresas devem avaliar as métricas com as quais faz mais sentido, divulgando-as em seus relatórios. Essas decisões podem depender de quais fatores são mais relevantes para seus negócios e quais tipos de stakeholders estão mais interessados nos resultados.