Picape elétrica Badger, da Nikola Motors (Nikola Motors/Divulgação)
Juliana Estigarribia
Publicado em 10 de junho de 2020 às 11h02.
O mercado de veículos elétricos está ficando cada vez mais disputado com a evolução de montadoras pouco tradicionais - se comparadas a centenárias empresas como General Motors e Ford. Não só a Tesla, de Elon Musk, está avançando: a Nikola Motors, de caminhões elétricos do Arizona, Estados Unidos, acaba de anunciar a pré-venda da picape elétrica Badger, que poderá ser encomendada a partir do final deste mês.
Trata-se de um modelo híbrido, que pode rodar só com o motor elétrico - com promessa de autonomia de até 965 quilômetros - ou combinado à célula de combustível de hidrogênio, um tipo de gás três vezes mais eficiente do que a gasolina e com zero emissões.
A Nikola Motors também promete baterias mais leves, um grande desafio da indústria automotiva no sentido da eletrificação.
Picapes fazem parte do segmento mais apreciado nos Estados Unidos. Prova disso é o fato de uma picape a combustão ser o modelo mais vendido do mercado americano há 37 anos consecutivos.
A Nikola Badger oferece uma central multimídia bastante tecnológica e todo o conforto que os modelos vendidos nos Estados Unidos geralmente entregam.
A picape da montadora do Arizona vem para disputar um segmento em que a Tesla é líder nos Estados Unidos, o de elétricos. O Model 3 é disparado o mais vendido entre os modelos zero emissões no mercado americano e a estratégia agressiva de Musk vem conquistando os consumidores.
Recentemente, a Tesla apresentou ao mercado o Cybertruck, que promete ser uma espécie de picape "tanque de guerra", para qualquer condição de rodagem, embora tenha tido um embaraçoso imprevisto em sua apresentação oficial.
A Nikola Motors informou que a Badger poderá ser encomendada a partir do dia 29 de junho. Preços não foram divulgados, mas estima-se que custem entre 60 mil e 90 mil dólares. Um preço bastante alto para os padrões americanos, embora a promessa seja de potência, tecnologia e, principalmente, zero emissões. Será um custo baixo para um produto que quer entregar muito mais do que mobilidade?