São Paulo – Desde meados de abril, a Galvão Engenharia, responsável pela construção da Arena Castelão, em Fortaleza, não é mais a administradora do estádio. Este encargo pertence agora à francesa Lagardère.
Através da Lagardère Unlimited, o braço de esportes da empresa, a gigante francesa entrou no país como LU Brazil, que oferecerá os mesmos serviços que sua matriz: marketing esportivo, representação de atletas, organização de eventos esportivos e administração de academias e estádios.
A LU Arenas, que cuidará especificamente dos estádios, é uma joint venture com a BWA, que já há 25 anos atua no Brasil, principalmente na produção e distribuição de ingressos.
A empresa surge já com os contratos de administração da Arena Castelão e também da Arena Independência, casa do Atlético Mineiro, em Belo Horizonte.
No mundo
A Lagardère é um enorme conglomerado de comunicação e esportes e uma das maiores empresas da França. Entre as companhias do grupo está a Lagardère Publishing, terceira maior editora de livros do mundo, e a Lagardère Active, maior editora de revistas do país e dona de 22 canais de rádio e 12 de televisão.
A Lagardère Unlimited é uma das maiores empresas de marketing esportivo do mundo. Entre os atletas que representa estão Richard Gasquet, Andy Murray e os irmãos Bryan, do tênis, e outras lendas do futebol americano, do golf, do basebol, do rugby e de outros esportes.
Na administração dos estádios, a Lagardère oferece serviços que vão do planejamento, passam pelo projeto, pela construção e chegam até a operação das arenas em si.
Eles foram responsáveis, por exemplo, pelo planejamento e pela implementação de nove dos 12 estádios da Copa do Mundo da Alemanha. Hoje, estão em suas mãos sete estádios que serão utilizados na Eurocopa de 2016, na França.
Em Fortaleza
A LU Arenas chega com um grande desafio em suas mãos. O Castelão, que foi inaugurado no início de 2013, teve público de 1,2 milhão de pessoas por conta dos jogos de futebol até abril deste ano. Apenas 30% das partidas tiveram público acima de 20 mil pessoas.
Os dois principais times do estado, o Ceará e o Fortaleza, estão, respectivamente, nas séries B e C do Campeonato Brasileiro. A companhia afirma que não divulgará seus planos para o estádio até o fim da Copa do Mundo.
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1. Onde eles gostam de jogar
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1/12 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
São Paulo - Os
estádios da Copa
podem ter custado 8 bilhões de reais - três vezes mais que o previsto - mas os jogadores da série A do Campeonato Brasileiro de 2013 parecem ter gostado dos novos locais de trabalho: das 19 arenas utilizadas na competição no ano passado, as três melhores são aquelas (re)construídas para o
Mundial, na avaliação de quem está nos gramados. O
Maracanã é o preferido: 97% dos jogadores dão notas que vão de 8 a 10 para ele. A nota média ficou em 9,4. No outro lado da lista, aparecem estádios pequenos que não passaram por reformas de vulto, como Canindé (SP) e Vila Capanema (PR). A pesquisa foi feita pelo
Datafolha e encomendado pela Odebrecht Properties. Foram entrevistados 286 jogadores e 6 técnicos dos 20 clubes que disputaram o Brasileirão, sendo 14 atletas em média por time. As respostas foram dadas nos centros de treinamento entre os últimos meses de dezembro e janeiro. As notas consideram apenas os jogadores que conhecem cada estádio. Ou seja, quem não jogou no novo Mineirão, por exemplo, não opinou. Este dado pode ser conferido no
ranking. Os estádios da Copa que ainda faltam ser inaugurados, claro, não estão na lista. Confira a seguir as arenas que oferecem as melhores condições de trabalho para os jogadores.
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2. 1º Maracanã (RJ) – 9,4
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2/12 (REUTERS/Ricardo Moraes)
Rio de Janeiro Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no novo Maracanã Quantos dão nota de 8 a 10:
97% Nota média: 9,4
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3. 3º Arena Fonte Nova (BA) – 9,2
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3/12 (Ricardo Correa/EXAME.com)
Salvador Dos atletas da série A,
26% nunca jogaram na nova Fonte Nova Quantos dão nota de 8 a 10:
95% Nota média: 9,2
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4. 4º Morumbi (SP) – 9
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4/12 (MIGUEL SCHINCARIOL/Placar)
São Paulo Dos atletas da série A,
16% nunca jogaram no estádio do São Paulo Quantos dão nota de 8 a 10:
89% Nota média: 9
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5. 5º Arena Pernambuco (PE) – 8,8
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5/12 (REUTERS/Helder Tavares)
Recife Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram na nova Arena Pernambuco Quantos dão nota de 8 a 10:
88% Nota média: 8,8
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6. 6º Mané Garrincha (DF) – 8,8
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6/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Brasília Dos atletas da série A,
47% nunca jogaram no novo Mané Garrincha Quantos dão nota de 8 a 10:
84% Nota média: 8,8
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7. 8º Pacaembu (SP) – 8,6
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7/12 (Wikimedia Commons)
São Paulo Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no Pacaembu Quantos dão nota de 8 a 10:
83% Nota média: 8,6
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8. 10º Vila Belmiro (SP) – 8,1
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8/12 (Wikimedia Commons)
Santos Dos atletas da série A,
17% nunca jogaram no estádio do Santos Quantos dão nota de 8 a 10:
69% Nota média: 8,1
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9. 12º Couto Pereira (PR) – 7,5
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9/12 (Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
18% nunca jogaram no estádio do Coritiba Quantos dão nota de 8 a 10:
50% Nota média: 7,5
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10. 14º Heriberto Hulse (SC) – 7
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10/12 (Fejuncor / Wikimedia Commons)
Criciúma Dos atletas da série A,
30% nunca jogaram no estádio do Criciúma Quantos dão nota de 8 a 10:
36% Nota média: 7
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11. 19º Vila Capanema (PR) – 5,8
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11/12 (Fabiowerlang / Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
33% nunca jogaram no estádio do Paraná Clube Quantos dão nota de 8 a 10:
19% Nota média: 5,8
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12. Agora, confira as dificuldades vividas por cada arena do Mundial
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12/12 (Buda Mendes/Getty Images)