Negócios

Concorrentes Claro, TIM e Vivo vão pagar R$ 16,5 bilhões e partilhar Oi

TIM deve ficar com a maior fatia dos ativos e se consolidar como a segunda maior empresa de telefonia móvel do país, atrás da Vivo

Oi: após a venda, empresa deve desaparecer do segmento móvel (Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

Oi: após a venda, empresa deve desaparecer do segmento móvel (Illustration by Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2020 às 16h31.

Última atualização em 14 de dezembro de 2020 às 07h20.

O mercado brasileiro de telecomunicações viverá um dos principais capítulos da sua história a partir de segunda-feira, 14, com o leilão da Oi. A preferência da compra é do consórcio firmado pelas rivais Vivo, TIM e Claro, que já fizeram uma proposta firme de R$ 16,5 bilhões.

Investidores, por sua vez, aguardam uma nova oportunidade de embolsar ganhos de curto prazo com as ações da companhias: as preferenciais (OIBR4) e as ordinárias (OIBR3) acumulam alta de, respectivamente, 185% e 175% neste ano.

Vale a pena investir na Oi depois da venda da telefonia móvel? Saiba com a EXAME Research

A outra possível candidata no leilão é a Highline do Brasil, que chegou a apresentar uma proposta formal cujo valor exato não foi revelado, mas que acabou superada pelo trio. Depois disso, a Highline deu declarações públicas de que não seguirá na jogada.

A potencial divisão da Oi Móvel entre as rivais levará a uma nova configuração do mercado brasileiro, sendo aproximadamente assim: Vivo vai de 33% para 37%; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%. A Oi, com 16%, desapareceria do segmento móvel. Os 2% restantes seguiriam nas mãos de operadoras regionais. Os cálculos são da consultoria internacional Omdia, especializada em telecom, tecnologia e mídia.

A expectativa é que a TIM fique com a maior fatia da Oi Móvel, como parte de uma estratégia do grupo para obter menor resistência do ponto de vista regulatório e concorrencial. "Na divisão, a tendência é que o operador com menor participação de mercado em cada região fique com os ativos da Oi naquele pedaço" diz Ari Lopes, da Omdia.

Os números da partilha desenhada pelo consórcio ainda não foram revelados, mas a expectativa do mercado é que essa definição leve em conta dois elementos. Um deles é a carteira de clientes das operadoras em cada região - segmentadas pelos DDDs. A predominância de uma tele frente às outras poderia afetar a concorrência e ser motivo de contrariedade dentro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Outro ponto que pesará na partilha é a quantidade de frequência de cada tele. Frequência é uma espécie de "rodovia no ar", por onde trafegam os sinais de internet. Quanto mais frequência cada operadora tem, maior sua capacidade de cobertura e maior a qualidade do serviço.

Acompanhe tudo sobre:ClaroOiTIMVivo

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU