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Compartilhar estratégias é fundamental para empresas

Para presidente do grupo Gerdau, envolvimento das pessoas para construção da imagem e crescimento das empresas passa pelo conceito de pertencimento


	Especialistas apostam no compartilhamento de estratégias como peça chave do sucesso das empresas
 (Getty Images)

Especialistas apostam no compartilhamento de estratégias como peça chave do sucesso das empresas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 16h43.

Brasília - A construção de estratégias compartilhadas com os colaboradores é fundamental para a conquista de resultados em empresas públicas e privadas, disse hoje (7) o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau. Para ele, o envolvimento das pessoas para construção da imagem e crescimento das empresas passa pelo conceito de pertencimento, “a percepção de pertencer a uma organização".

"Se uma empresa quiser construir uma estrutura sólida, perpétua, precisa trabalhar na revitalização dos valores”, explicou. O empresário disse também que os melhores resultados são alcançados quando há liderança, conhecimento e mobilização aplicados a técnicas de gestão.

Gerdau lembrou ainda que não é preciso diferenciar o servidor público daquele da empresa privada ou do terceiro setor. “Qualquer tipo de instituição tem que ter seus stakeholders [públicos estratégicos, como colaboradores] satisfeitos. Aquela que não tiver sucesso nisso sai da imagem pública, fracassa. E o governo é uma superempresa de prestação de serviços, as instituições públicas têm um propósito, mas quem não estiver preenchendo seu papel vai ficar limitado e com as pessoas insatisfeitas. Por isso, traçar bem o mapa estratégico é importante”, disse o empresário.

“É preciso ter pessoas com competências para dar seguimento ao planejamento, os resultados têm a ver com os funcionários”, complementou o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. Para o economista, manter as pessoas motivadas e alinhadas dentro das metas da empresa pode ser conseguido com métodos mensuráveis e indicadores de desempenho, com o devido reconhecimento financeiro individual e das equipes, de forma limpa e diferenciada.

Para a sócia presidenta da NCS Design, Angela Carvalho, todo o corpo funcional precisa estar bem formado para as estratégias e metas da empresa. “Essa gestão participativa se tornou cada vez mais importante para interesses perenes. O que faz diferença é a aplicação daquele trabalho no tempo, porque a degradação é muito rápida”, disse a empresária.

Os especialistas fizeram palestra hoje (7) para funcionários e dirigentes da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), como parte do alinhamento dos objetivos estratégicos e a construção dos modelos de gestão da empresa pública até 2022, em evento aberto pelo presidente da empresa, Nelson Breve.

Segundo o diretor técnico do Sebrae Nacional, planejar o futuro, é se permitir errar no papel. “Errar antes de fazer, poder testar, pesquisar. O planejamento estratégico é um simulador para erros que podem ter consequências graves no futuro”.

O projeto de alinhamento da estratégia da EBC utiliza o conceito de balance scorecard (BSC), que foi introduzido há cerca de 25 anos na área pública, no Brasil e no exterior. Criado pelos professores de Harvard Robert Kaplan e David Norton, o método permite orientar os esforços da organização para o alcance dos objetivos e para cumprimento da missão.

Para Jorge Gerdau, o mapa estratégico é a ferramenta mais simplificada que leva a uma boa governança, entretanto, especificamente no setor público, há um conflito entre o curto e o longo prazo. “A grande complexidade do setor público é a transição política. A visão estratégica tem que ser a médio e longo prazo, para que as coisas funcionem. Nos processos governamentais que trabalham em ciclos de quatro anos, eu perco a função de Estado”.

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