Jato Boeing 787 Dreamliner da All Nippon Airways' (ANA) que fez um pouso de emergência em aeroporto do Japão (Issei Kato/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 12h29.
Tóquio - A companhia aérea japonesa All Nippon Airways irá realizar um voo teste com o 787 Dreamliner da Boeing no domingo, enquanto se prepara para retomar voos com passageiros no avião que foi paralisado em todo o mundo, após incidentes pelo superaquecimento das baterias.
O voo teste da ANA, principal cliente do Dreamliner, vai ocorrer depois que as autoridades norte-americanas e japonesas deram aprovação para a retomada dos voos, e será o primeiro de cerca de 230 que a companhia aérea planejou, antes de permitir que o jato transporte passageiros.
O presidente-executivo de Aviões Comerciais da Boeing, Ray Connor, e o CEO do Grupo ANA, Shinichiro Ito, estarão a bordo do voo de domingo.
A ANA ainda deve decidir quando os voos comerciais irão reiniciar, afirmou o presidente Osamu Shinobe, mas reiterou que o Dreamliner continuaria como parte essencial de sua estratégia de frota.
"Eu acredito que a segurança foi assegurada agora, mas apenas fazendo o 787 voar sem problemas que seremos capazes de demonstrar a sua segurança e tranquilizar os nossos passageiros", disse o vice-presidente executivo sênior, Hiroyuki Ito, a jornalistas.
A rival local Japan Airlines disse que iria começar o seu próprio programa de testes a partir de maio, com o objetivo de voltar a usar os aviões para transportar passageiros a partir de junho.
"Nós tivemos esse problema com o 787, mas é um excelente avião", afirmou o presidente da JAL, Yoshiharu Ueki, a repórteres. A companhia tem sete aviões Dreamliner.
No sábado, a Boeing vai realizar uma coletiva de imprensa em Tóquio. O engenheiro-chefe do projeto da Boeing para o 787, Mike Sinnett, deve fazer o esclarecimento à mídia.
A Ethiopian Airlines deve ser a primeira companhia aérea do mundo a retomar os voos com o Dreamliner, com um voo comercial programado para o sábado ao vizinho Quênia, informaram duas fontes da companhia aérea à Reuters, na quarta-feira.
A ANA, que possui 17 jatos Dreamliner, não divulgou quanto a paralisação dos aviões custou à empresa, embora tenha dito que estava perdendo 868.300 dólares em receita por avião nas duas últimas semanas de janeiro.