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Vítima do coronavírus, companhia aérea britânica pede falência

A companhia aérea Flybe empregava 2,4 mil pessoas e transportava cerca de 8 milhões de passageiros por ano

Flybe: coronavírus acelerou a forte queda da demanda de viagens da companhia britânica (Matthew Horwood/Getty Images)

Flybe: coronavírus acelerou a forte queda da demanda de viagens da companhia britânica (Matthew Horwood/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2020 às 11h15.

Última atualização em 5 de março de 2020 às 19h04.

O surto de coronavírus fez nesta quinta-feira, 5, sua primeira vítima no setor aéreo: a companhia aérea regional Flybe, do Reino Unido, que entrou com pedido de falência. O processo de colapso da empresa, que é noticiado em todos os veículos de comunicação locais, se acelerou com a forte queda da demanda por viagens em função da disseminação do Covid-19.

Desde janeiro, a companhia apresentava dificuldades, mas o governo do Reino Unido afastou a possibilidade de qualquer intervenção pública direta na empresa para tentar salvá-la. Aprovaria, no entanto, um possível financiamento e revisão de impostos locais. Não deu tempo. Naquele mês, a Flybe acabou sendo resgatada por um aporte feito por seus acionistas. O fechamento da empresa causa um problema para o governo britânico que prometeu "subir o nível" do transporte regional no país.

"Todos os voos foram suspensos e os negócios no Reino Unido deixaram de operar imediatamente", comunicou a operadora, descrita como a maior companhia aérea regional independente da Europa pela imprensa britânica. As rotas da Flybe conectavam o Reino Unido com os principais destinos europeus. A empresa empregava 2,4 mil pessoas e transportava cerca de 8 milhões de passageiros por ano por meio de 81 aeroportos e 68 aeronaves".

"As dificuldades financeiras de Flybe eram antigas e bem documentadas e antecedem o surto de Covid-19", afirmou o governo em comunicado, conforme a imprensa local.

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