Liderança eficaz no engajamento do time: a boa liderança é o critério de excelência que mais impacta os resultados de uma organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte (Erhui1979/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2022 às 08h00.
Acredito que liderança seja o critério de excelência que mais impacta os resultados de uma organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, de qualquer segmento, privada ou pública, considerando os oito critérios que devem ser trabalhados por aqueles que buscam maximizar seus resultados: Liderança, Estratégias e planos, Clientes, Sociedade, Informações e conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados.
Vejamos algumas definições. Roberto Mota coloca que é a “arte de pensar, de decidir e agir; de fazer acontecer e obter resultados através das pessoas”.
Já José Osmir Fiorelli ressalta que é a “capacidade de conseguir que os outros, de modo espontâneo, ultrapassem o estabelecido formalmente”.
Particularmente, gosto da seguinte definição: Liderança é o processo de mobilizar ou engajar pessoas em uma determinada direção, visando atingir um resultado esperado. E como é a maneira de liderar, de gerir processos, pessoas e resultados impacta uma organização?
Conforme a Harvard Business Review, cerca de 75% dos funcionários afirmam que seu superior imediato constitui a pior parte do seu trabalho. 65% aceitaria um corte de seu salário se o seu chefe fosse substituído.
Neste sentido, as organizações, quer sejam privadas, públicas ou do terceiro setor, não poderiam prescindir de líderes que tenham como missão, no tocante à gestão de seus recursos humanos, as tarefas de alinhar, engajar, desenvolver e gerir pessoas. Liderar é também sinônimo de orientar, conduzir, nortear.
E é com você, líder, em qualquer nível em sua organização, que quero compartilhar estas reflexões. Pergunto se você tem a real dimensão da importância do que seja liderar, e, o mais importante, se temos consciência que é a partir do líder que praticamente tudo acontece.
E, neste sentido, é a personalidade, a mentalidade, a atitude, o “astral” do líder que permeiam toda a organização, e que influenciam todos os que ali convivem e que inspiram as ações que fazem a diferença em suas organizações.
Liderar não é fácil. Exige vontade, respeito, preparo, energia, consciência do que se é e do que se precisa ser, além de percepção do outro, de suas necessidades, de seus talentos, conhecer o negócio e de tantos outros atributos.
Quando não se tem tudo isto, e ninguém tem, recorre-se a investir na formação de líder e valoriza-se na equipe, no time, as habilidades de cada um.
Líder é o que influencia dentro, o que se vive, o que se pensa, o que se aposta, o que se quer ser e, principalmente, a qualidade do ar que se respira. E se faz isto de uma maneira consistente, constante, seguimos o líder não porque temos que segui-lo, mas sim porque queremos seguir.
E, mais particularmente, nos referenciando ao título deste artigo, como os grandes líderes inspiram ação? Há uma pergunta que os empresários e gestores de empresas de pequeno e médio porte mais me fazem: como fazer para que os colaboradores se comprometam mais com o seu trabalho e com foco em resultados?
Esta pergunta suscita algo extremamente importante para as organizações, uma vez que as pessoas são, senão o maior, um dos principais aspectos das organizações, a força motriz de qualquer empreendimento: são elas que fazem as coisas acontecerem.
Costumo responder a esta pergunta, com outra: como buscar comprometimento das pessoas sem investir nisto, sem apontar os rumos que a organização prioriza e quer trilhar, sem dizer claramente aos colaboradores o que se espera deles e como eles podem contribuir para a geração de resultados?
Assim, o que se vê na maioria das vezes, são, de um lado, empresários e gestores buscando esse comprometimento, mas querendo que isto aconteça naturalmente, sem investir nisto.
De outro, os colaboradores sem motivação para se comprometerem, sem saber exatamente os rumos da organização e como eles podem contribuir para que estes resultados apareçam, se viabilizem.
Aí se instala uma autêntica “queda de braços” entre gestores e colaboradores, uma vez que, sem investir nisto, esta questão do comprometimento e do engajamento não acontece naturalmente.
Os gestores começam a cobrar resultados sem sucesso e os colaboradores se sentem cada dia mais desmotivados e insatisfeitos.
O resultado são altíssimos índices de insatisfação no trabalho. Apenas 30% dos empregados estão comprometidos em realizar um bom trabalho, 50% passam seu tempo na empresa cuidando do “arroz com feijão” e os outros 20% demonstram seu descontentamento sendo improdutivos e influenciando negativamente os colegas de trabalho.
Afirmo aos gestores que cabe à organização, aos seus líderes, criar as condições e dar o primeiro e decisivo passo para que este alinhamento das pessoas com as organizações aconteça e os resultados apareçam.
Cuidado com líderes que centralizam demais, que não inspiram, que não reconhecem os bons desempenhos, os bons comportamentos, que estimulam a competição e não a cooperação, que privilegiam os “bajuladores”, em detrimento dos que são éticos e leais, que têm medo do novo, que são autoritários, que deixam simplesmente as coisas acontecerem, que não integram, que não lideram pelo exemplo, que cultuam o erro ao invés do acerto.
Acredito que é pela liderança que começamos e consolidamos a construção de empresas e organizações sólidas, perenes, que se reinventam, que são sustentáveis, e que são sucesso.
Ainda, cabe ao líder inspirar, energizar, inflamar, “soprar as brasas” das competências e habilidades de seus liderados e lhes dar a autoridade de agir, de inovar, de fazer acontecer.
Ainda mais, é responsabilidade do líder incentivar a cooperação, a confiança no seio de sua organização/empresa, e, pelo exemplo, conquistar a alma e o coração de seus liderados.
Grandes líderes inspiram ação.
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