Má oi!: números do SBT, de Silvio Santos, apresentam evolução desde 2009 (Roberto Nemanis/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 11h20.
São Paulo – Embora a marca de cosméticos Jequiti seja considerada a empresa mais importante de Silvio Santos, o empresário e apresentador não esconde o xodó que sente pelo SBT. E os números de 2012 mostram que a emissora de TV tem motivos para arrancar sorrisos do patrão.
No geral, o balanço divulgado pela emissora nesta terça-feira mostra lucro maior, menos dívidas e mais margens – tudo o que qualquer dono de empresa deseja. O lucro líquido cresceu 60,3% no ano passado, e somou 52,548 milhões de reais.
O número mais encorpado da última linha reflete três fatos. O primeiro é o aumento da receita líquida em quase 7%, somando 870,290 milhões de reais. No relatório da administração que acompanha os números, o SBT afirma que esse desempenho foi puxado pelo aumento de 6% do mercado publicitário em geral, no ano passado, com concentração na TV aberta, que recebeu 64,7% das verbas.
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O segundo fator é o retorno do SBT à vice-liderança em audiência, posto que havia perdido para a Record há algum tempo. A empresa atribui o avanço ao sucesso da novela Carrossel e à retomada de fôlego de programas tradicionais da casa, como o humorístico A Praça é Nossa.
O último ingrediente para encorpar o lucro de 2012 foi o controle de gastos. Enquanto a receita líquida subiu quase 7%, por exemplo, os custos de produção e operação cresceram 4,8%, o que elevou o lucro bruto em 11,7%, para 276,744 milhões de reais.
Outro motivo para Silvio Santos soltar sua famosa gargalhada é a melhoria de margens. A margem de ebitda, uma das mais valorizadas por analistas, passou de 9,5% para 9,7%. Para se ter uma ideia da evolução, em 2009, ela foi de apenas 3,2%.
O ebitda em si (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) passou de 77,6 milhões de reais para 84,7 milhões de reais. Também em 2009, esse número era bem menor: 21,6 milhões.
Quer dinheiro?
O SBT encerrou o ano com menos dívidas. A dívida bruta baixou de 150 milhões para 134 milhões de reais entre 2011 e 2012. Descontando os 99 milhões que a empresa tinha em caixa, sobra uma dívida líquida de 35 milhões, contra os 59 milhões do ano retrasado.
Os números mostram uma evolução também neste item. Em 2009, por exemplo, a dívida bruta era de 173 milhões e o caixa era de 65 milhões, o que deixava uma dívida líquida de 108 milhões de reais – resultados que devem ter agradado o patrão. Afinal, ele também quer dinheiro, ou não?