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Como Jeff Bezos pode deixar de ser o homem mais rico do mundo

Com anúncio do divórcio, os bens estimados em 137 bilhões de dólares podem ser divididos igualmente com Mackenzie Bezos, casada com o empresário por 25 anos

Jeff e Mackenzie Bezos: eles casaram-se em 1993, um ano antes de a Amazon começar a dar seus primeiros passos. (Kevork Djansezian/Getty Images)

Jeff e Mackenzie Bezos: eles casaram-se em 1993, um ano antes de a Amazon começar a dar seus primeiros passos. (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 06h00.

São Paulo - Jeff Bezos, fundador e presidente da gigante de comércio online Amazon, anunciou seu divórcio essa semana, via Twitter. Para além da vida amorosa do empresário, a separação terá consequências em seus negócios e na sua fortuna. Hoje Bezos é considerado o homem mais rico do mundo. Solteiro, pode deixar o posto.

Jeff casou-se com Mackenzie Bezos há 25 anos, muito antes de ser considerado o homem mais rico do mundo pela revista Forbes. A separação do casal, e a consequente divisão de bens, coloca em pauta a posição de Bezos como maior bilionário — e a nova posição de Mackenzie na lista das mulheres mais ricas.

Com o sucesso estrondoso da Amazon, o empresário passou a deter uma fortuna de 137 bilhões de dólares em 2018. Como não há conhecimento sobre um acordo de divisão de bens feito antes do casamento, o esperado é que o dinheiro e as propriedades sejam divididos igualmente entre os cônjuges — como costuma acontecer no estado de Washington, onde o casal mora e deve se divorciar.

Jeff e Mackenzie Bezos casaram-se em 1993, um ano antes de a Amazon começar a dar seus primeiros passos. A então esposa teve grande participação na empresa, principalmente nos primeiros anos de sua estruturação. Hoje, a companhia tem valor de mercado de 800 bilhões de dólares. Desse valor, 130 bilhões pertencem a Jeff Bezos, que detém 16% das ações da Amazon.

Caso a divisão de bens aconteça como de costume no estado de Washington, Mackenzie pode receber 8% das ações da empresa, além de outros bens que o casal adquiriu ao longo dos últimos 25 anos. Se isso acontecer, ela pode se tornar a mulher mais rica do mundo, posto hoje ocupado por Francoise Bettencourt Meyers, herdeira da empresa de cosméticos francesa L’Oreal, e dona de uma fortuna de 45,6 bilhões de dólares.

Além de ter realizado atividades filantrópicas ao lado de Bezos, Mackenzie também trabalha como escritora. Ela já publicou dois romances, e um deles, “The Testing of Luther Albright”, ganhou o American Book Award em 2005.

A separação tem consequências ainda incertas para a fortuna de Jeff Bezos e seus negócios. Mesmo com a divisão das ações com a ex-esposa, o empresário ainda teria uma porcentagem maior de participação na Amazon do que o atual segundo maior acionista. O fundo de investimento Vanguard Group detém, hoje, quase 6% das ações. De toda forma, Mackenzie passaria a ter tanta  influência quanto Bezos nas decisões da empresa.

Outra possibilidade é que ela opte pelas ações em dinheiro, o que obrigaria o empresário a vender grande parte de suas ações na companhia. Esse cenário poderia colocar Bezos em disputa com Bill Gates, fundador da Microsoft, pelo posto de homem mais rico do mundo. Em 2018, Gates tinha uma fortuna de 90 bilhões de dólares e foi considerado o segundo homem segundo a Forbes.

Os possíveis cenários têm feito investidores questionarem o futuro da Amazon. Segundo a Reuters, a maioria dos analistas e gestores de recursos estão otimistas quanto à separação e acreditam que o divórcio não trará transformações de impacto na empresa. No entanto, ainda segundo a agência, Doug Kass, administrador do fundo Seabreeze Partners, alegou ter vendido sua participação na companhia após o anúncio da separação.

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