Negócios

Como a Vale perdeu bilhões com o dólar, e seu lucro minguou

Apesar de recuperar a produção e as vendas, mineradora foi pega pela valorização do dólar

Vale: vendas físicas cresceram, mas o dólar falou mais alto (Divulgação)

Vale: vendas físicas cresceram, mas o dólar falou mais alto (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 19h58.

São Paulo – A Vale tinha tudo para apresentar bons números no segundo trimestre. As vendas de minério de ferro se recuperaram e a receita cresceu. Mas, na última linha, o que veio foi um lucro líquido de 2,7 bilhões de dólares – quase 60% menor que o do mesmo período de 2011, e 30% menor que o do primeiro trimestre.

O que aconteceu? A maior mineradora de ferro do mundo foi vítima de uns dos elementos mais corrosivos para as contas de uma empresa internacionalizada: o câmbio. No total, a valorização da moeda americana frente ao real fez a empresa perder 2,548 bilhões de dólares.

A cifra é apresentada no resultado financeiro líquido do trimestre. Dentro dessa conta, estão as variações monetárias que, sozinhas, representaram uma perda de 1,693 bilhão de dólares.

Abaixo do esperado

Para atingir o valor total de 2,548 bilhões, a Vale também considerou os impactos de outros itens que integram o resultado financeiro, como a oscilação do valor das debêntures e derivativos.

A Vale ressalta que essas perdas cambiais não tiveram um “efeito caixa”. Traduzindo: essa quantia não saiu, efetivamente, dos cofres da empresa, sendo apenas um registro contábil.

De qualquer modo, foi o que impactou as contas e fez com que o resultado viesse abaixo das expectativas. O HSBC, por exemplo, esperava um lucro líquido de 3,9 bilhões de dólares, o que representaria um aumento de 4%.

Acompanhe tudo sobre:BalançosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaLucroMineraçãoSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Startup de Goiânia cria robôs do zero para iFood e Volkswagen

Do papel aos móveis: como esta empresa do Paraná planeja faturar R$ 1 bi vendendo produtos químicos

Escola bilíngue de excelência: a proposta da Start Anglo para formar os cidadãos do futuro

De novas fábricas a uma agência de desenvolvimento: os planos de Eduardo Leite para reerguer o RS