Negócios

Como a Hermes vai deixar a recuperação judicial, em 4 passos

Marcelo Gomes, sócio-diretor da Alvarez & Marsal, explicou como o grupo carioca poderá se reerguer nos próximos seis meses


	Central da Hermes: a rede varejista do Rio de Janeiro traça planos para sobreviver à recuperação judicial
 (André Valentim/EXAME.com)

Central da Hermes: a rede varejista do Rio de Janeiro traça planos para sobreviver à recuperação judicial (André Valentim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 09h32.

São Paulo – Após anunciar o pedido de recuperação judicial, o grupo carioca Hermes, agora, traça planos para gerar resultados nos próximos seis meses e pagar uma dívida milionária aos credores. A informação foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar, da revista EXAME, de 13 de novembro.

A companhia, que gera quase 2 bilhões de reais em receita, ganhou notoriedade por sua operação de vendas por catálogos, ficando atrás apenas da Natura e Avon.

Porém, após a tentativa frustrada de vender a Comprafácil à Nova Pontocom, o pedido de recuperação judicial foi a medida viável encontrada pela empresa para se reestruturar.

Em entrevista à EXAME.com, Marcelo Gomes, sócio-diretor da consultora Alvarez & Marsal e um dos responsáveis pela reestruturação do grupo, explicou, por telefone, quais serão os próximos passos da Hermes daqui para frente:

1 – Redução de custo

Uma das principais medidas que o grupo Hermes deverá seguir é a redução de custos, principalmente operacional.

Atualmente, a empresa conta, no total, com uma despesa operacional anual de aproximadamente 200 milhões de reais. Segundo Gomes, o objetivo é tentar reduzir este valor em mais da metade, para que a companhia volte a crescer e render como no passado.


2 – Redução de funcionários

De acordo com Gomes, no último mês, cerca de 500 funcionários foram desligados do quadro operacional da empresa. Atualmente, o grupo conta com 1.800 trabalhadores.

A área de logística foi o local que mais sofreu com a reestruturação. No entanto, outros setores também foram . Até o momento, não há outro plano de demissão.

Segundo Gomes, as reduções deixaram a empresa com um quadro de funcionários adaptado ao momento em que eles estão inseridos.

3- Focar nas vendas por catálogo

Para Gomes, o momento é favorável para que a companhia saia bem da recuperação judicial. Segundo ele, a empresa apresenta boas margens de rentabilidade e é a terceira maior companhia de varejo por catálogo, embora não foque em cosméticos, como as duas primeiras colocadas, Natura e Avon.

Com 500.000 revendedores no mercado, Gomes afirma que a empresa detém uma boa rede de distribuição, com espaço para crescer no segmento e ser reestruturado.

4 – Parceria com outro operador

A Hermes não descarta encontrar um novo operador para o site Comprafácil.

De acordo com o sócio-diretor da Alvarez & Marsel, o grupo poderá fazer uma parceria com outro operador, de preferência que já atue no mercado, para conduzir a marca no segmento de varejo on-line.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasRecuperações judiciais

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'